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24/03/2006
-
09h43
da Folha de S.Paulo
O acidente com um avião da BRA que derrapou em Congonhas reabriu as discussões sobre a situação da pista do aeroporto.
Em meio às especulações sobre as causas que levaram à perda de controle da aeronave, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) também voltou a anunciar que vai reduzir a quantidade de pousos e decolagens no local --alvo de críticas constantes pelos riscos à segurança e transtornos a moradores.
Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, uma reunião marcada para terça-feira vai decidir sobre a diminuição do número de vôos em Congonhas, de 600 para 400 movimentos/dia.
Ao mesmo tempo em que as instalações para passageiros têm sido alvo de investimentos, a situação da pista e de seu sistema de drenagem foi alvo de algumas reclamações de pilotos no começo do ano, que temiam aquaplanagem (quando os pneus perdem contato com a pista).
A formalização de duas contestações em 2006 levou uma comissão de diversos órgãos a discutir esse tema no Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias).
"Os pilotos relataram dificuldades de frenagem na pista. Mas a Infraero apresentou um teste dentro de parâmetros normais", disse Ronaldo Jenkins, coordenador da comissão de segurança de vôo da entidade.
Segundo a assessoria da Infraero, a pista deve passar por obras ainda neste ano, mas a reunião de terça-feira vai definir sobre a quantidade de vôos no local.
Adalberto Febeliano, vice-presidente executivo da Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), diz que a pista de Congonhas tem um sistema adequado para evitar que a água da chuva acumule, mas que as condições podem ter contribuído para que a aeronave da BRA derrapasse, assustando os 115 passageiros.
"O acidente deve ter sido resultado de uma cadeia de eventos. Se a pista fosse determinante, outros aviões teriam tido algum problema", disse Febeliano.
O engenheiro aeronáutico Ozires Silva, que foi presidente da Embraer durante 20 anos, avalia que a derrapagem do avião da BRA foi um incidente.
Segundo ele, a pista de pouso do aeroporto é boa e não tem problemas de drenagem. "Nem todos os acidentes têm uma explicação."
O DAC (Departamento de Aviação Civil) informou ontem, via assessoria, que a última inspeção no aeroporto aconteceu no dia 6 e que a pista foi encontrada em perfeitas condições operacionais.
De acordo com Carlos Camacho, diretor de segurança de vôo do Sindicato Nacional dos Aeronautas, a pista de Congonhas apresenta plenas condições.
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O acidente com um avião da BRA que derrapou em Congonhas reabriu as discussões sobre a situação da pista do aeroporto.
Em meio às especulações sobre as causas que levaram à perda de controle da aeronave, a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) também voltou a anunciar que vai reduzir a quantidade de pousos e decolagens no local --alvo de críticas constantes pelos riscos à segurança e transtornos a moradores.
Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, uma reunião marcada para terça-feira vai decidir sobre a diminuição do número de vôos em Congonhas, de 600 para 400 movimentos/dia.
Ao mesmo tempo em que as instalações para passageiros têm sido alvo de investimentos, a situação da pista e de seu sistema de drenagem foi alvo de algumas reclamações de pilotos no começo do ano, que temiam aquaplanagem (quando os pneus perdem contato com a pista).
A formalização de duas contestações em 2006 levou uma comissão de diversos órgãos a discutir esse tema no Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias).
"Os pilotos relataram dificuldades de frenagem na pista. Mas a Infraero apresentou um teste dentro de parâmetros normais", disse Ronaldo Jenkins, coordenador da comissão de segurança de vôo da entidade.
Segundo a assessoria da Infraero, a pista deve passar por obras ainda neste ano, mas a reunião de terça-feira vai definir sobre a quantidade de vôos no local.
Adalberto Febeliano, vice-presidente executivo da Abag (Associação Brasileira de Aviação Geral), diz que a pista de Congonhas tem um sistema adequado para evitar que a água da chuva acumule, mas que as condições podem ter contribuído para que a aeronave da BRA derrapasse, assustando os 115 passageiros.
"O acidente deve ter sido resultado de uma cadeia de eventos. Se a pista fosse determinante, outros aviões teriam tido algum problema", disse Febeliano.
O engenheiro aeronáutico Ozires Silva, que foi presidente da Embraer durante 20 anos, avalia que a derrapagem do avião da BRA foi um incidente.
Segundo ele, a pista de pouso do aeroporto é boa e não tem problemas de drenagem. "Nem todos os acidentes têm uma explicação."
O DAC (Departamento de Aviação Civil) informou ontem, via assessoria, que a última inspeção no aeroporto aconteceu no dia 6 e que a pista foi encontrada em perfeitas condições operacionais.
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