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05/04/2006 - 22h31

Governador de SP atribui rebeliões na Febem a "agentes externos"

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MAURÍCIO SIMIONATO
da Agência Folha, em Jundiaí

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), disse nesta quarta-feira em Jundiaí (60 km a noroeste de São Paulo) que as rebeliões nas unidades da Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) são "provocadas por agentes externos" que falam "em direitos humanos".

"Nós temos aqui e ali sabe o quê? Temos provocação de agentes externos. É bom que fique claro isso. Toda vez que alguns agentes externos ingressam na Febem com uma idéia de que são humanos, na verdade eles estão criando atos desumanos", disse Lembo, após ser questionado sobre a rebelião encerrada nesta quarta na Febem Tatuapé.

Ele afirmou que o governo abriu sindicância para apurar os nomes dos "agentes externos" e que, depois disso, informará a OEA (Organização dos Estados Americanos) sobre o caso. Ainda em referência às rebeliões na Febem, o governador disse que "não é justo que alguém que fale em direitos humanos, viole direitos humanos".

"Mas eu vou agir firmemente e vou comunicar não só as autoridades do Poder Judiciário do Brasil, mas também as organizações internacionais, de maneira particular a OEA, para que a OEA tenha consciência de que, às vezes, aquilo que parece bom, na verdade, é um bom agente da provocação dos menores que estão sendo reintegrados na sociedade".

Lembo participou nesta quarta em Jundiaí da inauguração de obras de reforma e ampliação do Terminal de Passageiros do Aeroporto de Jundiaí, da entrega de uma alça de acesso na rodovia Anhangüera e da inauguração do Restaurante Bom Prato.

Para o governador, a Febem é "um produto de um grande fracasso de todos nós". Ele também voltou a afirmar que a unidade do Tatuapé será desativada até o fim deste ano.

PT

O governador citou quatro prefeituras administradas pelo PT ao responder sobre o programa do governo de descentralizar unidades da Febem. "Lamentavelmente, as cidades que não têm permitido a Febem são cidades de um partido, que num passado recente pregava visões sociais da sociedade, e hoje ele bloqueia que a sociedade possa reintegrar os menores", disse.

De acordo com ele algumas das cidades que rejeitam as unidades são Suzano, Osasco, Guarulhos e São Carlos. "Nós tivemos problemas em Suzano, São Carlos, Osasco, Guarulhos. Mas os demais prefeitos que têm uma visão de imparcialidade e solidariedade têm permitido, após debates com a sociedade, essas pequenas unidades da Febem."

As prefeituras das cidades citadas por Lembo informaram que o governo do Estado não apresentou projetos das unidades e tentou impor as instalações sem debater com a sociedade. A Prefeitura de São Carlos informou que nunca houve projeto de instalação da Febem na cidade.

Ao ser questionado sobre uma cidade administrada pelo PSDB que também rejeitou a Febem --Bragança Paulista--, Lembro disse que está negociando sobre o assunto com a administração.

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