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06/04/2006
-
15h14
da Folha Online
Representantes de entidades ligadas à defesa dos direitos humanos acusam o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), de querer intimidá-los. Na quarta-feira (5), Lembo afirmou que as rebeliões na Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) são causadas por "agentes externos" ligados aos diretos humanos. No mesmo dia, 62 pessoas --entre internos e funcionários-- ficaram feridas em uma rebelião no complexo Tatuapé, na zona leste da cidade.
"É uma atitude irresponsável. Ele [Lembo], como governador, não poderia dizer isso", afirma o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador do MNDH (Movimento Nacional dos Direitos Humanos) e integrante da Comissão de Diretos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Lembo afirmou ontem que "toda vez que alguns agentes externos ingressam na Febem com uma idéia de que são humanos, na verdade eles estão criando atos desumanos".
Alves rebateu as críticas. "Ato desumano quem criou e está perpetuando é o governo de São Paulo, que mantém este modelo da Febem", disse.
Conceição Paganele, da Amar (associação de mães de internos da Febem), também criticou as declarações do governador. "Não esperava esse posicionamento. Nós deveríamos ser parceiros", afirma.
Desde o ano passado, Alves e Paganele vêm sendo acusados pelo governo do Estado de incitar rebeliões. Em novembro de 2005, o então governador e atual candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, havia dito que que eles "ficam criando problemas" e "trabalham contra o governo". Assim como as declarações de Lembo, as acusações de Alckmin vieram depois de uma rebelião no complexo do Tatuapé, iniciada depois da fuga de 61 internos.
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Para entidades, Lembo quer intimidar movimentos de direitos humanos
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Representantes de entidades ligadas à defesa dos direitos humanos acusam o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), de querer intimidá-los. Na quarta-feira (5), Lembo afirmou que as rebeliões na Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor) são causadas por "agentes externos" ligados aos diretos humanos. No mesmo dia, 62 pessoas --entre internos e funcionários-- ficaram feridas em uma rebelião no complexo Tatuapé, na zona leste da cidade.
"É uma atitude irresponsável. Ele [Lembo], como governador, não poderia dizer isso", afirma o advogado Ariel de Castro Alves, coordenador do MNDH (Movimento Nacional dos Direitos Humanos) e integrante da Comissão de Diretos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
Lembo afirmou ontem que "toda vez que alguns agentes externos ingressam na Febem com uma idéia de que são humanos, na verdade eles estão criando atos desumanos".
Alves rebateu as críticas. "Ato desumano quem criou e está perpetuando é o governo de São Paulo, que mantém este modelo da Febem", disse.
Conceição Paganele, da Amar (associação de mães de internos da Febem), também criticou as declarações do governador. "Não esperava esse posicionamento. Nós deveríamos ser parceiros", afirma.
Desde o ano passado, Alves e Paganele vêm sendo acusados pelo governo do Estado de incitar rebeliões. Em novembro de 2005, o então governador e atual candidato à Presidência pelo PSDB, Geraldo Alckmin, havia dito que que eles "ficam criando problemas" e "trabalham contra o governo". Assim como as declarações de Lembo, as acusações de Alckmin vieram depois de uma rebelião no complexo do Tatuapé, iniciada depois da fuga de 61 internos.
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