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10/04/2006
-
22h56
da Folha Online
Em janeiro, os irmãos Daniel e Christian Cravinhos, réus confessos no caso da morte de Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002, ao lado da filha do casal, Suzane von Richthofen, 22, voltaram à prisão após uma entrevista concedida à rádio Jovem Pan.
Os irmãos foram presos em 2002, depois de confessar seu envolvimento no crime. Em novembro de 2005, eles obtiveram liberdade provisória.
No início deste ano, os dois concederam uma entrevista à rádio durante a qual, segundo o Ministério Público, descreveram detalhes desconhecidos do crime, como por exemplo o relato de que dois meses antes do assassinato Daniel e Suzane --então namorados-- já planejavam matar o casal. Eles teriam até efetuado disparos de ensaio com a arma de Manfred.
Durante a entrevista os Cravinhos disseram ainda que Suzane era estuprada pelo pai desde os 13 anos de idade. Eles reforçaram a tese de que foi ela quem planejou a morte dos pais. À Justiça, Suzane negou o estupro, afirmou ter sido seduzida por Daniel e disse que o crime partiu dele.
"Nesses dois meses de tão macabra pesquisa, mantiveram normalmente o convívio familiar e não alteraram a rotina. Tudo seguia seu rumo, inclusive a busca pelo meio mais eficiente e silencioso de matar", afirmava o promotor Roberto Tardelli no pedido que culminou na prisão dos irmãos.
"Dizendo-o nas entrelinhas de sua entrevista, Daniel parece orgulhar-se de seu talento para dissimular sua intenção homicida", escreveu Tardelli.
Sobre Christian, o promotor classificava que "com menos talento, é certo, mas com fidelidade canina", ele divide o desfrute com o irmão e que "brande, argumenta, procura quebrar ainda mais todos os limites de tolerância à lealdade processual e atira lama na memória de quem matou barbaramente. Revela não sentir remorso algum, não há em sua canhestra exibição, uma nesga sequer de arrependimento. Nada".
Naquela ocasião, Tardelli também pediu a prisão preventiva de Suzane alegado que ela estava foragida. O argumentou, porém, foi recusado pela Justiça. Nesta segunda-feira, Suzane voltou a ser presa.
Em sua decisão, o juiz substituto da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini afirma que a liberdade de Suzane "coloca em risco a vida de testemunha do feito, no caso seu irmão Andreas".
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Em janeiro, os irmãos Daniel e Christian Cravinhos, réus confessos no caso da morte de Manfred e Marísia von Richthofen, em outubro de 2002, ao lado da filha do casal, Suzane von Richthofen, 22, voltaram à prisão após uma entrevista concedida à rádio Jovem Pan.
Os irmãos foram presos em 2002, depois de confessar seu envolvimento no crime. Em novembro de 2005, eles obtiveram liberdade provisória.
No início deste ano, os dois concederam uma entrevista à rádio durante a qual, segundo o Ministério Público, descreveram detalhes desconhecidos do crime, como por exemplo o relato de que dois meses antes do assassinato Daniel e Suzane --então namorados-- já planejavam matar o casal. Eles teriam até efetuado disparos de ensaio com a arma de Manfred.
Durante a entrevista os Cravinhos disseram ainda que Suzane era estuprada pelo pai desde os 13 anos de idade. Eles reforçaram a tese de que foi ela quem planejou a morte dos pais. À Justiça, Suzane negou o estupro, afirmou ter sido seduzida por Daniel e disse que o crime partiu dele.
"Nesses dois meses de tão macabra pesquisa, mantiveram normalmente o convívio familiar e não alteraram a rotina. Tudo seguia seu rumo, inclusive a busca pelo meio mais eficiente e silencioso de matar", afirmava o promotor Roberto Tardelli no pedido que culminou na prisão dos irmãos.
"Dizendo-o nas entrelinhas de sua entrevista, Daniel parece orgulhar-se de seu talento para dissimular sua intenção homicida", escreveu Tardelli.
Sobre Christian, o promotor classificava que "com menos talento, é certo, mas com fidelidade canina", ele divide o desfrute com o irmão e que "brande, argumenta, procura quebrar ainda mais todos os limites de tolerância à lealdade processual e atira lama na memória de quem matou barbaramente. Revela não sentir remorso algum, não há em sua canhestra exibição, uma nesga sequer de arrependimento. Nada".
Naquela ocasião, Tardelli também pediu a prisão preventiva de Suzane alegado que ela estava foragida. O argumentou, porém, foi recusado pela Justiça. Nesta segunda-feira, Suzane voltou a ser presa.
Em sua decisão, o juiz substituto da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo, Richard Francisco Chequini afirma que a liberdade de Suzane "coloca em risco a vida de testemunha do feito, no caso seu irmão Andreas".
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