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24/04/2006
-
10h04
ANDRÉ CARAMANTE
da Folha de S.Paulo
"Não vou abandoná-lo. Agora, mais do que nunca, volto a ser o pai dele. Jamais vou deixá-lo sozinho." Essa é a posição do professor de tênis que, na manhã de anteontem, foi surpreendido pelo assassinato de sua ex-mulher, confessado pelo filho da vítima, um rapaz de 17 anos, estudante do 2º ano colegial de um colégio particular do Morumbi (zona oeste de São Paulo).
O assassinato ocorreu num apartamento de um condomínio de classe média na altura do número 6.600 da av. Giovanni Gronchi, no Morumbi, depois de uma suposta briga em que a vítima teria atacado o rapaz com uma faca. "Ele me disse, inclusive, que a mãe atirou a faca contra ele", contou o ex-padrasto do jovem.
O estudante disse à polícia que tinha brigas constantes com a mãe por causa das baixas notas que ele vinha recebendo na escola. Por conta disso, relatou ele, recebeu castigos como a proibição da prática do futebol e de autorização para sair à noite.
Na noite de sábado, o rapaz, praticante de arte marcial e jogador amador de tênis e de futebol, foi levado para a Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor), no Brás (zona leste).
Ele foi atendido por uma psicóloga e revelou ao ex-padrasto ter medo de sofrer represálias de outros jovens, que não toleram crimes cometidos contra parentes, idosos e crianças.
"Lá na Febem ele chora muito, demonstra arrependimento e quer saber como se comportar", contou o ex-padrasto, que é pai dos meios-irmãos do rapaz, de cinco e de nove anos. "Hoje [ontem] foi um dia muito difícil, pois tive de começar a esclarecer para os meus filhos mais novos como será a vida daqui para a frente, sem a mãe deles por perto", disse o professor de tênis.
Ainda hoje, o estudante, investigado pela polícia sob a suspeita de ter aplicado um golpe de luta marcial para imobilizar a mãe, antes de sufocá-la, deverá ser transferido para uma outra unidade da Febem, onde ficará isolado. O juiz da Vara da Infância e da Juventude decidirá seu destino.
Por volta das 12h30 de ontem, o corpo da vítima, que vivia em São Paulo desde os 17 anos, quando deixou São José do Ouro (RS) para trabalhar como vendedora, foi trasladado para Caxias do Sul (RS), onde será enterrado hoje.
O pai biológico do estudante também já morreu, e ele nem o conheceu.
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Ex-padrasto diz que não vai abandonar jovem que confessou morte da mãe
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da Folha de S.Paulo
"Não vou abandoná-lo. Agora, mais do que nunca, volto a ser o pai dele. Jamais vou deixá-lo sozinho." Essa é a posição do professor de tênis que, na manhã de anteontem, foi surpreendido pelo assassinato de sua ex-mulher, confessado pelo filho da vítima, um rapaz de 17 anos, estudante do 2º ano colegial de um colégio particular do Morumbi (zona oeste de São Paulo).
O assassinato ocorreu num apartamento de um condomínio de classe média na altura do número 6.600 da av. Giovanni Gronchi, no Morumbi, depois de uma suposta briga em que a vítima teria atacado o rapaz com uma faca. "Ele me disse, inclusive, que a mãe atirou a faca contra ele", contou o ex-padrasto do jovem.
O estudante disse à polícia que tinha brigas constantes com a mãe por causa das baixas notas que ele vinha recebendo na escola. Por conta disso, relatou ele, recebeu castigos como a proibição da prática do futebol e de autorização para sair à noite.
Na noite de sábado, o rapaz, praticante de arte marcial e jogador amador de tênis e de futebol, foi levado para a Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor), no Brás (zona leste).
Ele foi atendido por uma psicóloga e revelou ao ex-padrasto ter medo de sofrer represálias de outros jovens, que não toleram crimes cometidos contra parentes, idosos e crianças.
"Lá na Febem ele chora muito, demonstra arrependimento e quer saber como se comportar", contou o ex-padrasto, que é pai dos meios-irmãos do rapaz, de cinco e de nove anos. "Hoje [ontem] foi um dia muito difícil, pois tive de começar a esclarecer para os meus filhos mais novos como será a vida daqui para a frente, sem a mãe deles por perto", disse o professor de tênis.
Ainda hoje, o estudante, investigado pela polícia sob a suspeita de ter aplicado um golpe de luta marcial para imobilizar a mãe, antes de sufocá-la, deverá ser transferido para uma outra unidade da Febem, onde ficará isolado. O juiz da Vara da Infância e da Juventude decidirá seu destino.
Por volta das 12h30 de ontem, o corpo da vítima, que vivia em São Paulo desde os 17 anos, quando deixou São José do Ouro (RS) para trabalhar como vendedora, foi trasladado para Caxias do Sul (RS), onde será enterrado hoje.
O pai biológico do estudante também já morreu, e ele nem o conheceu.
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