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12/05/2006
-
19h25
da Folha Online
Detentos de duas penitenciárias localizadas no interior de São Paulo mantêm 24 reféns desde a tarde desta sexta-feira. Não há informações sobre feridos ou reivindicações. O movimento ocorre horas após uma megaoperação de transferência em massa e o término de outra rebelião e paralelo à vinda de líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital) para a capital.
Os dois motins começaram entre as 16h e as 16h30, em duas unidades cuja população está bastante abaixo da capacidade máxima. Os presos mantêm 12 funcionários do sistema penitenciário reféns, em ambos casos.
Na penitenciária 1 de Avaré (262 km a oeste de São Paulo), há 154 presos em um prédio que abrigaria 520. Na penitenciária de Iaras (282 km a noroeste de São Paulo), há 435 presos onde poderia haver 792. Em Iaras, os detentos atearam fogo à cozinha do presídio.
Em Avaré, segundo a PM (Polícia Militar), os detentos, armados, faziam ameaças. Eles danificaram a unidade, considerada de segurança máxima. Logo no início, quando a polícia tentou entrar na unidade, o capitão André Luiz de Oliveira foi baleado na perna. Ele passa bem.
Há informações de que, também nesta sexta, líderes da facção criminosa PCC tenham sido trazidos ao prédio do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), da Polícia Civil, em Santana (zona norte de São Paulo).
Os policiais estariam investigando o planejamento de uma onda de crimes e rebeliões.
Megaoperação
Durante toda a quinta-feira (11), a SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) promoveu uma megaoperação que transferiu mais de 600 detentos para a recém-reformada P-2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo) e realizou revistas em todas as unidades de regime fechado do Estado.
Nenhum balanço da série de revistas havia sido divulgado até as 19h30 desta sexta. As varreduras foram feitas por agentes penitenciários. Em algumas localidades, eles contaram com o apoio da PM (Polícia Militar).
Tanto a reocupação da P-2 --fechada para reforma desde setembro de 2005-- quanto as revistas ocorreram durante um motim na penitenciária de Valparaíso (577 km a noroeste de São Paulo), onde os detentos mantiveram até 29 funcionários da unidade reféns.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a SAP definiu a operação de reocupação da prisão de Presidente Venceslau como "administrativa" e atribuiu a uma casualidade o fato da reforma ter terminado dias atrás.
Reforma e PCC
Foram gastos quase R$ 5 milhões na reforma da penitenciária de Presidente Venceslau, destruída durante um motim ocorrido entre os dias 7 e 8 de setembro de 2005.
Na época, dias antes da rebelião, cerca de 35 presos foram transferidos da penitenciária. Entre eles estava Wanderson Paula de Lima, o Andinho, um dos maiores seqüestradores do Estado e integrante do PCC.
Durante o movimento, seis pessoas foram mantidas reféns. Nenhuma delas ficou ferida.
P-1
Em junho de 2005, detentos da P-1 de Presidente Venceslau degolaram cinco rivais e exibiram as cabeças deles em hastes de ferro sobre uma das lajes da unidade durante uma rebelião que durou cerca de 30 horas. Um grupo de agentes penitenciários foi mantido reféns.
Oito dias depois da rebelião, 14 presos fugiram por meio de um túnel.
Com Agência Folha
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Os dois motins começaram entre as 16h e as 16h30, em duas unidades cuja população está bastante abaixo da capacidade máxima. Os presos mantêm 12 funcionários do sistema penitenciário reféns, em ambos casos.
Na penitenciária 1 de Avaré (262 km a oeste de São Paulo), há 154 presos em um prédio que abrigaria 520. Na penitenciária de Iaras (282 km a noroeste de São Paulo), há 435 presos onde poderia haver 792. Em Iaras, os detentos atearam fogo à cozinha do presídio.
Em Avaré, segundo a PM (Polícia Militar), os detentos, armados, faziam ameaças. Eles danificaram a unidade, considerada de segurança máxima. Logo no início, quando a polícia tentou entrar na unidade, o capitão André Luiz de Oliveira foi baleado na perna. Ele passa bem.
Há informações de que, também nesta sexta, líderes da facção criminosa PCC tenham sido trazidos ao prédio do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), da Polícia Civil, em Santana (zona norte de São Paulo).
Os policiais estariam investigando o planejamento de uma onda de crimes e rebeliões.
Megaoperação
Durante toda a quinta-feira (11), a SAP (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) promoveu uma megaoperação que transferiu mais de 600 detentos para a recém-reformada P-2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo) e realizou revistas em todas as unidades de regime fechado do Estado.
Nenhum balanço da série de revistas havia sido divulgado até as 19h30 desta sexta. As varreduras foram feitas por agentes penitenciários. Em algumas localidades, eles contaram com o apoio da PM (Polícia Militar).
Tanto a reocupação da P-2 --fechada para reforma desde setembro de 2005-- quanto as revistas ocorreram durante um motim na penitenciária de Valparaíso (577 km a noroeste de São Paulo), onde os detentos mantiveram até 29 funcionários da unidade reféns.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a SAP definiu a operação de reocupação da prisão de Presidente Venceslau como "administrativa" e atribuiu a uma casualidade o fato da reforma ter terminado dias atrás.
Reforma e PCC
Foram gastos quase R$ 5 milhões na reforma da penitenciária de Presidente Venceslau, destruída durante um motim ocorrido entre os dias 7 e 8 de setembro de 2005.
Na época, dias antes da rebelião, cerca de 35 presos foram transferidos da penitenciária. Entre eles estava Wanderson Paula de Lima, o Andinho, um dos maiores seqüestradores do Estado e integrante do PCC.
Durante o movimento, seis pessoas foram mantidas reféns. Nenhuma delas ficou ferida.
P-1
Em junho de 2005, detentos da P-1 de Presidente Venceslau degolaram cinco rivais e exibiram as cabeças deles em hastes de ferro sobre uma das lajes da unidade durante uma rebelião que durou cerca de 30 horas. Um grupo de agentes penitenciários foi mantido reféns.
Oito dias depois da rebelião, 14 presos fugiram por meio de um túnel.
Com Agência Folha
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