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13/05/2006 - 18h17

Após série de ataques, ministro põe PF à disposição de São Paulo

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da Folha Online

Após a série de ataques contra policiais, guardas municipais e agentes penitenciários de São Paulo, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, telefonou neste sábado para o governador Cláudio Lembo (PFL) para prestar solidariedade e colocou a PF (Polícia Federal) e os órgãos do ministério à disposição do governo estadual.

De Viena (Áustria), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou para o ministro e pediu que faça "o que for necessário não apenas para acabar com as rebeliões em São Paulo, mas, sobretudo, para evitar que novos crimes e mortos apareçam". Lula pediu a atuação da Polícia Federal no caso e afirmou a jornalistas que irá se reunir com o ministro assim que chegar a São Paulo.

Foram 55 ataques entre a noite de sexta (12) e a manhã deste sábado, em diferentes pontos do Estado. No total, 30 pessoas morreram --11 PMs, cinco policiais civis, três guardas municipais, quatro agentes penitenciários e dois civis --a namorada de um policial e uma possível vítima de bala perdida. Cinco suspeitos morreram em confrontos.

A onda de violência se espalhou e atingiu 24 penitenciárias e CDPs (Centros de Detenção Provisória) no Estado. No final da tarde deste sábado, presos permaneciam rebelados em 19 das unidades. Há reféns.

A ação é uma resposta do PCC (Primeiro Comando da Capital) à decisão do governo do Estado de isolar líderes do PCC. Na quinta-feira (11), 765 presos foram transferidos para a penitenciária de Presidente Venceslau, no interior.

Na sexta, oito integrantes do PCC foram levados para depoimento no Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), na zona norte de São Paulo, incluindo o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. A facção estaria planejando uma série de crimes e rebeliões.

Neste sábado, o governador Cláudio Lembo (PFL) disse que o governo sabia, na quarta (10), que as transferências poderiam provocar "conseqüências". "Pensamos em todas as possibilidades e também nos riscos que nós poderíamos correr. Mas era preciso combater o que estava ocorrendo e acontecendo."

"Nós não estamos com bravatas nem com timidez. Estamos com a segurança de quem cumpre a lei e o Estado de Direito", disse o governador.

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