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14/05/2006 - 19h44

Rebeliões simultâneas atingem 53 unidades paulistas

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GABRIELA MANZINI
da Folha Online

Detentos de 53 unidades prisionais do Estado de São Paulo promoviam rebeliões simultâneas às 19h deste domingo, de acordo com o governo estadual. Eles agem sob a coordenação do PCC (Primeiro Comando da Capital), apontado também como responsável pela maior série de ataques contra forças de segurança paulistas da história.

Desde sexta-feira (12), foram registradas rebeliões em 78 penitenciárias, CDPs (Centros de Detenção Provisória) e cadeias públicas do Estado. Do total, 25 eram consideradas controladas, na noite deste domingo.

Entre as unidades rebeladas, apenas a penitenciária feminina Sant'Ana (zona norte de São Paulo) não está superlotada. Ela tem capacidade para 1.600 presas, mas abriga 1.308 atualmente.

Não há confirmação do número total de pessoas feridas ou mortas nos motins, mas informações preliminares indicam que alguns detentos foram mortos por rivais, durante os tumultos.

Nas ruas, a violência se espalhou e, também desde sexta, foram registrados ao menos cem ataques que resultaram em 52 mortes, sendo 35 policiais civis, militares, integrantes de guardas metropolitanas ou agentes de segurança de penitenciária. Também morreram três civis --entre eles a namorada de um policial-- e 14 suspeitos de envolvimento nos crimes, segundo balanço parcial do governo do Estado.

As ações são orquestradas pelo PCC em retaliação à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção. Na quinta (11), 765 presos foram transferidos para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), com a intenção de coibir ações promovidas pela facção.

Na sexta, oito líderes do PCC foram levados para depoimento na sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), na zona norte de São Paulo. Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola.

No sábado, Marcola foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), a mais segura do país. Na unidade, ele ficará sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mais rigoroso.

Em 2001, uma megarrebelião orquestrada pelo PCC atingiu 29 unidades no dia 18 de fevereiro. Os líderes do grupo conseguiram organizar o movimento e dar a ordem para o início dos motins se comunicando por meio de telefones celulares. O dia escolhido foi um domingo --quando os presídios estavam cheios de parentes e amigos dos detentos que faziam a visita semanal.

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