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14/05/2006
-
22h35
da Folha Online
O comandante-geral da PM, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, afirmou neste domingo que a preocupação com a maior e mais intensa série de ataques a forças de segurança do Estado de São Paulo "não é mais estadual, é nacional".
Desde sexta-feira (12), foram registradas rebeliões em 78 penitenciárias, CDPs (Centros de Detenção Provisória) e cadeias públicas do Estado. Do total, 25 eram consideradas controladas, na noite deste domingo. Presos do Paraná e do Mato Grosso do Sul realizam motins "solidários" ao PCC.
De acordo com o coronel Borges, interceptações telefônicas realizadas em unidades prisionais do Estado desde sexta-feira (12), quando começaram os ataques, já revelaram que os criminosos pretendem estender a série de rebeliões a unidades do Rio, de Minas e de Alagoas.
Um arsenal de 75 armas que seria usado em novos ataques foi apreendido neste domingo, de acordo com o coronel. Ele não informou, entretanto, as circunstâncias da apreensão.
O coronel disse acreditar que a polícia de São Paulo --composta por 130 mil homens-- conseguirá conter as ações sem a ajuda da PF (Polícia Federal), colocada à disposição do governo paulista pelo Ministério da Justiça.
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, disse nesta tarde que dispensa o apoio da PF, mas que receberia "de bom grado" quaisquer informações sobre o caso. "Eu confio na Polícia de São Paulo, na Polícia Civil e na Polícia Militar de São Paulo."
Os ataques contra forças de segurança --delegacias, postos, veículos militares e policiais em trabalho ou de folga-- começaram na noite de sexta-feira (12). Os números são alterados a cada hora, e foram corrigidos pela Segurança várias vezes, mas, a princípio, cerca de 60 pessoas teriam morrido até a noite deste domingo. Destas, 23 são suspeitas de agir a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital).
PCC
Orquestradas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), as ações são uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção. Na quinta-feira (11), 765 presos foram transferidos para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), com a intenção de coibir ações promovidas pela facção.
No dia seguinte, oito líderes foram levados para a sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), na zona norte de São Paulo. Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. No sábado, ele foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), considerada a mais segura do país. Na unidade, ele ficará sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mais rigoroso.
Participaram desta reportagem o editor-chefe da Folha Online, RICARDO FELTRIN, a editora de Cotidiano da Folha Online, LÍVIA MARRA, e as repórteres GABRIELA MANZINI, JULIANA CARPANEZ e MARY PERSIA
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Comandante-geral da PM diz que preocupação com ataques é "nacional"
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O comandante-geral da PM, coronel Elizeu Eclair Teixeira Borges, afirmou neste domingo que a preocupação com a maior e mais intensa série de ataques a forças de segurança do Estado de São Paulo "não é mais estadual, é nacional".
Desde sexta-feira (12), foram registradas rebeliões em 78 penitenciárias, CDPs (Centros de Detenção Provisória) e cadeias públicas do Estado. Do total, 25 eram consideradas controladas, na noite deste domingo. Presos do Paraná e do Mato Grosso do Sul realizam motins "solidários" ao PCC.
De acordo com o coronel Borges, interceptações telefônicas realizadas em unidades prisionais do Estado desde sexta-feira (12), quando começaram os ataques, já revelaram que os criminosos pretendem estender a série de rebeliões a unidades do Rio, de Minas e de Alagoas.
Um arsenal de 75 armas que seria usado em novos ataques foi apreendido neste domingo, de acordo com o coronel. Ele não informou, entretanto, as circunstâncias da apreensão.
O coronel disse acreditar que a polícia de São Paulo --composta por 130 mil homens-- conseguirá conter as ações sem a ajuda da PF (Polícia Federal), colocada à disposição do governo paulista pelo Ministério da Justiça.
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo, disse nesta tarde que dispensa o apoio da PF, mas que receberia "de bom grado" quaisquer informações sobre o caso. "Eu confio na Polícia de São Paulo, na Polícia Civil e na Polícia Militar de São Paulo."
Os ataques contra forças de segurança --delegacias, postos, veículos militares e policiais em trabalho ou de folga-- começaram na noite de sexta-feira (12). Os números são alterados a cada hora, e foram corrigidos pela Segurança várias vezes, mas, a princípio, cerca de 60 pessoas teriam morrido até a noite deste domingo. Destas, 23 são suspeitas de agir a mando do PCC (Primeiro Comando da Capital).
PCC
Orquestradas pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), as ações são uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção. Na quinta-feira (11), 765 presos foram transferidos para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), com a intenção de coibir ações promovidas pela facção.
No dia seguinte, oito líderes foram levados para a sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), na zona norte de São Paulo. Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. No sábado, ele foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), considerada a mais segura do país. Na unidade, ele ficará sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mais rigoroso.
Participaram desta reportagem o editor-chefe da Folha Online, RICARDO FELTRIN, a editora de Cotidiano da Folha Online, LÍVIA MARRA, e as repórteres GABRIELA MANZINI, JULIANA CARPANEZ e MARY PERSIA
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