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16/05/2006 - 06h41

Ataques diminuem, e paulistas tentam retornar à normalidade

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da Folha Online
da Folha de S.Paulo

Os moradores de São Paulo tentam voltar à vida normal no quarto dia após o início da pior série de ataques e rebeliões já ocorrida no Estado. As rebeliões terminaram, o ritmo dos ataques caiu e os ônibus aos poucos voltam a circular normalmente. Um acordo firmado entre o governo estadual e as lideranças do PCC, na segunda-feira (15), deve pôr fim à violência.

Os ataques contra as forças de segurança, deflagrados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) continuaram ainda nesta terça-feira, mas foram em menor número e não deixaram policiais ou guardas feridos. A Polícia Militar, por outro lado, matou cinco suspeitos de envolvimento com os atentados na Grande São Paulo.

Em Osasco, segundo a polícia, três homens foram mortos e um quarto, baleado, após metralharem o Fórum e uma base comunitária da PM. Outros dois homens foram mortos pela Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), por volta das 2h, no bairro Tranqüilidade, em Guarulhos. Com eles, os PMs apreenderam seis coquetéis molotov.

A polícia afirma que todas as mortes ocorreram em confronto. Também foram registrados ataques em Campinas (95 km a noroeste da capital) e Peruíbe (130 km ao sul de São Paulo), sem feridos.

Ônibus

Os ônibus voltam a circular com atraso em São Paulo, mas não há empresas paralisadas e nem terminais fechados. Em vários terminais, a operação está sendo acompanhada pela Polícia Militar para prevenir novos ataques. O trânsito deve continuar ruim, já que o rodízio de veículos continua suspenso.

Na segunda, o medo dos ataques do PCC --que incendiaram 51 ônibus em dois dias, só na capital-- provocou a paralisação de dez empresas, todas da zona sul, e o fechamento de 14 dos 25 terminais. O congestionamento bateu recorde às 17h30, com 195 km de extensão.

A expectativa é que o comércio e as salas de aula retornem a funcionar aos poucos, depois que uma série de boatos levou lojas, empresas e entidades de ensino a fechar as portas mais cedo.

Rebeliões

A onda de rebeliões promovida pelo PCC atingiu mais de 80 penitenciárias, CDPs e cadeias públicas do Estado. Nos motins, foram mortas 13 pessoas --número não foi confirmado pela Secretaria da Administração Penitenciária. Mais de 340 pessoas foram mantidas reféns. Motins realizados por presos do Paraná e Mato Grosso do Sul podem ter sido feitos em "solidariedade" às ações do PCC. Na noite de segunda, todas as rebeliões foram consideradas encerradas pelo governo estadual.

O PCC matou 81 pessoas em mais de 180 ataques realizados desde a última sexta-feira (12). Os atentados foram uma retaliação do PCC à decisão do governo estadual de isolar lideranças da facção. Na quinta-feira passada (11), 765 presos foram transferidos para a penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo), em uma tentativa de evitar a articulação de ações criminosas.

No dia seguinte, oito líderes do PCC foram levados para a sede do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), em Santana (zona norte de São Paulo). Entre eles estava o líder da facção, Marcos Willians Herba Camacho, o Marcola. No sábado, ele foi levado para a penitenciária de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), considerada a mais segura do país. Na unidade, ele ficaria sob o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), mais rigoroso.

Acordo

A Folha apurou que a cúpula do PCC (Primeiro Comando da Capital) deu ordem, nesta segunda-feira, para cessar os atentados e rebeliões em São Paulo, após dois dias de negociações com representantes do governo do Estado. O governo nega.
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Nas conversas com representantes da Secretaria da Administração Penitenciária, a facção condicionou o fim dos ataques a benefícios para presos transferidos a Presidente Venceslau e à não entrada da Tropa de Choque da PM nos presídios rebelados.

Com Agência Folha

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