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23/05/2006
-
09h04
LUÍSA BRITO
da Folha de S.Paulo
A Ouvidoria das polícias de São Paulo colocou sob suspeita 40 casos de mortes de civis em confronto com a polícia em conseqüência dos atentados atribuídos à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Hoje, a Ouvidoria deverá encaminhar essas denúncias às corregedorias das polícias Militar e Civil.
Os órgãos têm 45 dias para apurar as queixas e encaminhar um relatório ao Ministério Público Estadual. Os casos serão analisados por promotores que trabalham no Gecep (Grupo de Controle Externo da Atividade Policial).
Segundo o ouvidor, Antonio Funari Filho, em 22 das 40 mortes há indícios de que elas ocorreram em represália da polícia à onda de ataques do PCC.
Algumas denúncias foram feitas diretamente à Ouvidoria por parentes ou pessoas ligadas às vítimas por meio de e-mail e telefone. Em outras, a investigação partiu de iniciativa do próprio órgão que ficou sabendo dos casos pela imprensa.
A Ouvidoria também pediu apuração de 12 mortes de autoria de grupos que atuam disfarçados com toucas ninjas. Além dos mortos, três pessoas ficaram feridas nesses ataques.
Segundo Funari Filho, a Ouvidoria quer que a corregedoria investigue se esses grupos são formados por policiais. De acordo com ele, um parente de um dos sobreviventes desses ataques levantou essa suspeita.
O ouvidor disse que as delegacias dos locais onde os crimes ocorreram também vão investigar se os casos foram ação de um grupo de extermínio.
O processo de investigação das corregedorias é acompanhando por sete advogados da Ouvidoria.
Caso o policial seja considerado culpado durante as investigações, ele pode ser suspenso de suas atividades ou até mesmo expulso da corporação.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) informou apenas que as corregedorias das polícias Militar e Civil ainda não receberam da Ouvidoria nenhuma denúncia contra atos praticados por policiais desde o último dia 12, quando começou a onda de ataques.
Segundo a nota da secretaria, "todas as ocorrências de morte apresentadas serão devidamente apuradas, dentro do prazo legal, conforme prevê a Via Rápida [processo mais ágil de investigação de policiais]".
A SSP não quis dar mais informações sobre as corregedorias, como número de casos que os órgãos costumam investigar e quantos funcionários trabalham nos órgãos.
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Ouvidoria aponta 40 mortes suspeitas em São Paulo
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A Ouvidoria das polícias de São Paulo colocou sob suspeita 40 casos de mortes de civis em confronto com a polícia em conseqüência dos atentados atribuídos à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Hoje, a Ouvidoria deverá encaminhar essas denúncias às corregedorias das polícias Militar e Civil.
Os órgãos têm 45 dias para apurar as queixas e encaminhar um relatório ao Ministério Público Estadual. Os casos serão analisados por promotores que trabalham no Gecep (Grupo de Controle Externo da Atividade Policial).
Segundo o ouvidor, Antonio Funari Filho, em 22 das 40 mortes há indícios de que elas ocorreram em represália da polícia à onda de ataques do PCC.
Algumas denúncias foram feitas diretamente à Ouvidoria por parentes ou pessoas ligadas às vítimas por meio de e-mail e telefone. Em outras, a investigação partiu de iniciativa do próprio órgão que ficou sabendo dos casos pela imprensa.
A Ouvidoria também pediu apuração de 12 mortes de autoria de grupos que atuam disfarçados com toucas ninjas. Além dos mortos, três pessoas ficaram feridas nesses ataques.
Segundo Funari Filho, a Ouvidoria quer que a corregedoria investigue se esses grupos são formados por policiais. De acordo com ele, um parente de um dos sobreviventes desses ataques levantou essa suspeita.
O ouvidor disse que as delegacias dos locais onde os crimes ocorreram também vão investigar se os casos foram ação de um grupo de extermínio.
O processo de investigação das corregedorias é acompanhando por sete advogados da Ouvidoria.
Caso o policial seja considerado culpado durante as investigações, ele pode ser suspenso de suas atividades ou até mesmo expulso da corporação.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública) informou apenas que as corregedorias das polícias Militar e Civil ainda não receberam da Ouvidoria nenhuma denúncia contra atos praticados por policiais desde o último dia 12, quando começou a onda de ataques.
Segundo a nota da secretaria, "todas as ocorrências de morte apresentadas serão devidamente apuradas, dentro do prazo legal, conforme prevê a Via Rápida [processo mais ágil de investigação de policiais]".
A SSP não quis dar mais informações sobre as corregedorias, como número de casos que os órgãos costumam investigar e quantos funcionários trabalham nos órgãos.
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