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23/05/2006
-
16h21
da Folha Online
A CPI do Tráfico de Armas decidiu nesta terça-feira que o chefe da facção criminosa PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, deve ser ouvido no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo). A data ainda não foi confirmada.
A decisão, resultado de uma votação, dividiu os deputados. Para Luiz Couto (PT-PB), deixar Marcola em São Paulo é "um reconhecimento do poder dele". "Estão dando muito peso para o Marcola", disse.
Já o deputado Alberto Fraga (PFL-DF) concorda com o depoimento de Marcola em São Paulo. Ele disse que o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, quando foi ouvido em Brasília, "tripudiou e ironizou" a comissão.
A data e a forma do depoimento serão acertadas com o governo de São Paulo, de acordo com a comissão.
Depoimentos
Também nesta terça, a CPI ouve os advogados Maria Cristina de Souza Rachado e Sérgio Wesley da Cunha, acusados de comprar a gravação de uma sessão secreta da comissão e repassar para integrantes do PCC.
De acordo com integrantes da comissão, os advogados pagaram R$ 200 para obter a gravação da audiência reservada com os delgados Polícia Civil de São Paulo Godofredo Bittencourt e Rui Ferraz Fontes. Com os CDs, os advogados teriam repassado o depoimento para os principais líderes da facção criminosa.
O conhecimento prévio das declarações dos delegados teria, na avaliação de integrantes da CPI, contribuído para a onda de violência promovida pelo PCC na semana passada.
Desde o último dia 12, quando começaram os ataques atribuídos ao PCC em São Paulo, morreram 41 agentes de segurança --entre policiais, guardas e agentes penitenciários--, quatro civis e 17 presos rebelados. Foram contabilizados ao todo 299 ataques, incluindo incêndios a ônibus.
A Secretaria da Segurança Pública reviu os números e reduziu, nesta terça, para 79 o número de suspeitos de envolvimento nas ações mortos pela polícia --antes, eram 109 suspeitos mortos.
Segurança
Na segunda (22), o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), informou que não queria o depoimento do criminoso nas dependências da Casa.
Aldo justificou que a presença de Marcola poderia colocar em risco a segurança dos deputados, dos servidores e dos que visitam a Câmara.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e ANDREZA MATAIS, da Folha Online, em Brasília
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A CPI do Tráfico de Armas decidiu nesta terça-feira que o chefe da facção criminosa PCC, Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, deve ser ouvido no fórum da Barra Funda (zona oeste de São Paulo). A data ainda não foi confirmada.
A decisão, resultado de uma votação, dividiu os deputados. Para Luiz Couto (PT-PB), deixar Marcola em São Paulo é "um reconhecimento do poder dele". "Estão dando muito peso para o Marcola", disse.
Já o deputado Alberto Fraga (PFL-DF) concorda com o depoimento de Marcola em São Paulo. Ele disse que o traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, quando foi ouvido em Brasília, "tripudiou e ironizou" a comissão.
A data e a forma do depoimento serão acertadas com o governo de São Paulo, de acordo com a comissão.
Depoimentos
Também nesta terça, a CPI ouve os advogados Maria Cristina de Souza Rachado e Sérgio Wesley da Cunha, acusados de comprar a gravação de uma sessão secreta da comissão e repassar para integrantes do PCC.
De acordo com integrantes da comissão, os advogados pagaram R$ 200 para obter a gravação da audiência reservada com os delgados Polícia Civil de São Paulo Godofredo Bittencourt e Rui Ferraz Fontes. Com os CDs, os advogados teriam repassado o depoimento para os principais líderes da facção criminosa.
O conhecimento prévio das declarações dos delegados teria, na avaliação de integrantes da CPI, contribuído para a onda de violência promovida pelo PCC na semana passada.
Desde o último dia 12, quando começaram os ataques atribuídos ao PCC em São Paulo, morreram 41 agentes de segurança --entre policiais, guardas e agentes penitenciários--, quatro civis e 17 presos rebelados. Foram contabilizados ao todo 299 ataques, incluindo incêndios a ônibus.
A Secretaria da Segurança Pública reviu os números e reduziu, nesta terça, para 79 o número de suspeitos de envolvimento nas ações mortos pela polícia --antes, eram 109 suspeitos mortos.
Segurança
Na segunda (22), o presidente da Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), informou que não queria o depoimento do criminoso nas dependências da Casa.
Aldo justificou que a presença de Marcola poderia colocar em risco a segurança dos deputados, dos servidores e dos que visitam a Câmara.
Colaboraram LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e ANDREZA MATAIS, da Folha Online, em Brasília
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