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31/05/2006
-
22h13
da Folha Online
O Ministério Público Estadual de São Paulo divulgou nesta quarta-feira a lista entregue ao órgão pela Secretaria Estadual da Segurança Pública com o registro de 122 pessoas mortas de forma violenta durante a série de ataques a forças de segurança promovida pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) entre os últimos dias 13 e 19.
O documento contém, ao todo, 162 pessoas. Somam-se ainda 23 PMs, oito policiais civis, seis agentes penitenciários e três guardas municipais aos 122 civis mortos em decorrência dos ataques. Destes, 32 ainda não foram identificados.
O anúncio contraria pedidos expressos do secretário estadual da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, e do governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL). Para o procurador-geral da Justiça de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho, divulgar a lista é uma questão de "transparência".
Os nomes, os boletins de ocorrência e os laudos do IML (Instituto Médico Legal) referentes às mortes foram entregues pelo governo estadual ao Ministério Público na semana passada. Se não o fizesse, o secretário da Segurança poderia ser acusado de desobediência.
Os documentos serão usados pelos promotores para apurar se houve abuso de poder por parte dos policiais na repressão à onda de crimes.
O número de nomes presentes na lista, supostamente elaborada a partir de boletins de ocorrência, não corresponde aos 132 laudos feitos pelo IML.
Laudos
Os rascunhos dos laudos do IML entregues ao Ministério Público já haviam sido analisados pelo CRM (Conselho Regional de Medicina). O conselho apontou que, das 273 mortes violentas registradas entre 12 e 20 de maio, 132 foram provocadas por armas de fogo. O número é 48,3% do total.
O índice de mortos a tiros que chegaram ao IML de São Paulo cresceu de 4,5% do total na sexta-feira (12) para 71,8% no sábado (13). Os ataques começaram naquela madrugada. O índice de mortos a tiros não baixou de 20% do total de necropsiados enquanto durou a onda de violência. Dos 273 corpos que chegaram ao IML, 256 foram identificados.
Levantamento realizado pela Folha mostra que 34 das 56 pessoas mortas a tiros em Guarulhos (Grande São Paulo) no período mais crítico da onda de violência foram baleadas na cabeça, normalmente mais de uma vez e sempre por armas de calibres pesados, disparados com pistolas que são de uso exclusivo das Forças Armadas e das forças de segurança.
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O Ministério Público Estadual de São Paulo divulgou nesta quarta-feira a lista entregue ao órgão pela Secretaria Estadual da Segurança Pública com o registro de 122 pessoas mortas de forma violenta durante a série de ataques a forças de segurança promovida pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) entre os últimos dias 13 e 19.
O documento contém, ao todo, 162 pessoas. Somam-se ainda 23 PMs, oito policiais civis, seis agentes penitenciários e três guardas municipais aos 122 civis mortos em decorrência dos ataques. Destes, 32 ainda não foram identificados.
O anúncio contraria pedidos expressos do secretário estadual da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, e do governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL). Para o procurador-geral da Justiça de São Paulo, Rodrigo César Rebello Pinho, divulgar a lista é uma questão de "transparência".
Os nomes, os boletins de ocorrência e os laudos do IML (Instituto Médico Legal) referentes às mortes foram entregues pelo governo estadual ao Ministério Público na semana passada. Se não o fizesse, o secretário da Segurança poderia ser acusado de desobediência.
Os documentos serão usados pelos promotores para apurar se houve abuso de poder por parte dos policiais na repressão à onda de crimes.
O número de nomes presentes na lista, supostamente elaborada a partir de boletins de ocorrência, não corresponde aos 132 laudos feitos pelo IML.
Laudos
Os rascunhos dos laudos do IML entregues ao Ministério Público já haviam sido analisados pelo CRM (Conselho Regional de Medicina). O conselho apontou que, das 273 mortes violentas registradas entre 12 e 20 de maio, 132 foram provocadas por armas de fogo. O número é 48,3% do total.
O índice de mortos a tiros que chegaram ao IML de São Paulo cresceu de 4,5% do total na sexta-feira (12) para 71,8% no sábado (13). Os ataques começaram naquela madrugada. O índice de mortos a tiros não baixou de 20% do total de necropsiados enquanto durou a onda de violência. Dos 273 corpos que chegaram ao IML, 256 foram identificados.
Levantamento realizado pela Folha mostra que 34 das 56 pessoas mortas a tiros em Guarulhos (Grande São Paulo) no período mais crítico da onda de violência foram baleadas na cabeça, normalmente mais de uma vez e sempre por armas de calibres pesados, disparados com pistolas que são de uso exclusivo das Forças Armadas e das forças de segurança.
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