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07/06/2006
-
15h16
da Folha Online
A bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo vai protocolar nesta quarta-feira no Ministério Público Estadual representação contra o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho.
O PT pede a investigação sobre a presença de cerca de 70 policiais e o uso de aproximadamente 40 carros da polícia na terça-feira (6), quando o secretário participou de audiência na Assembléia.
O líder do PT na Casa, deputado Ênio Tatto, informou por meio de sua assessoria que a bancada colherá assinaturas para uma nota suprapartidária de repúdio às atitudes de Abreu Filho.
Acompanhado de uma claque formada pela cúpula das polícias Civil e Militar, o secretário atacou os deputados durante a audiência que tratou sobretudo sobre a onda de violência comandada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), que assolou o Estado entre os dias 12 e 19 de maio.
Nesta quarta-feira, o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), considerou normais as atitudes de seu secretário.
"Eu não vi, eu só li. Li hoje pela manhã e soube ontem à tarde. É normal. Quando há posições muito antagônicas, as pessoas realmente às vezes perdem o equilíbrio emocional, e se tornam mais agressivas verbalmente. É absolutamente normal", disse.
A Secretaria de Segurança Pública ainda não se pronunciou sobre a representação do PT ao Ministério Público. Na terça, Abreu Filho disse que a cúpula da polícia tinha ido à Assembléia para assessorá-lo.
Ironia
O secretário de Segurança foi convocado para dar explicações sobre ataques feitos pelo PCC em janeiro e sobre a redução da verba destinada à ronda escolar.
Em maio, entre os dias 12 e 19, o PCC fez novos ataques, em diversos pontos do Estado, em retaliação à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção.
Os ataques causaram a morte de mais de 30 policiais, além de agentes penitenciários, guardas civis, civis e suspeitos. E tornou-se o principal assunto do encontro na Assembléia.
A certa altura da discussão, os deputados questionaram Abreu Filho sobre sua suposta resistência em participar da sessão. Ele tomou o microfone para falar das mãos do presidente da comissão, deputado Vanderlei Siraque (PT), para falar.
Siraque reagiu e arrancou o equipamento das mãos do secretário. Abreu Filho levantou-se da cadeira em que estava com as mãos na altura da cabeça e deu uma volta em torno de si mesmo, fingindo render-se aos ataques verbais.
Armados
Siraque, vice-presidente da comissão de segurança pública da Assembléia, afirmou que o uso de armas no auditório contrariava o regimento da Casa.
O secretário afirmou que, embora parte dos policiais presentes estivesse uniformizada e armada, muitos estavam de folga e foram à audiência por conta própria.
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A bancada do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo vai protocolar nesta quarta-feira no Ministério Público Estadual representação contra o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho.
O PT pede a investigação sobre a presença de cerca de 70 policiais e o uso de aproximadamente 40 carros da polícia na terça-feira (6), quando o secretário participou de audiência na Assembléia.
O líder do PT na Casa, deputado Ênio Tatto, informou por meio de sua assessoria que a bancada colherá assinaturas para uma nota suprapartidária de repúdio às atitudes de Abreu Filho.
Acompanhado de uma claque formada pela cúpula das polícias Civil e Militar, o secretário atacou os deputados durante a audiência que tratou sobretudo sobre a onda de violência comandada pelo PCC (Primeiro Comando da Capital), que assolou o Estado entre os dias 12 e 19 de maio.
Nesta quarta-feira, o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), considerou normais as atitudes de seu secretário.
"Eu não vi, eu só li. Li hoje pela manhã e soube ontem à tarde. É normal. Quando há posições muito antagônicas, as pessoas realmente às vezes perdem o equilíbrio emocional, e se tornam mais agressivas verbalmente. É absolutamente normal", disse.
A Secretaria de Segurança Pública ainda não se pronunciou sobre a representação do PT ao Ministério Público. Na terça, Abreu Filho disse que a cúpula da polícia tinha ido à Assembléia para assessorá-lo.
Ironia
O secretário de Segurança foi convocado para dar explicações sobre ataques feitos pelo PCC em janeiro e sobre a redução da verba destinada à ronda escolar.
Em maio, entre os dias 12 e 19, o PCC fez novos ataques, em diversos pontos do Estado, em retaliação à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção.
Os ataques causaram a morte de mais de 30 policiais, além de agentes penitenciários, guardas civis, civis e suspeitos. E tornou-se o principal assunto do encontro na Assembléia.
A certa altura da discussão, os deputados questionaram Abreu Filho sobre sua suposta resistência em participar da sessão. Ele tomou o microfone para falar das mãos do presidente da comissão, deputado Vanderlei Siraque (PT), para falar.
Siraque reagiu e arrancou o equipamento das mãos do secretário. Abreu Filho levantou-se da cadeira em que estava com as mãos na altura da cabeça e deu uma volta em torno de si mesmo, fingindo render-se aos ataques verbais.
Armados
Siraque, vice-presidente da comissão de segurança pública da Assembléia, afirmou que o uso de armas no auditório contrariava o regimento da Casa.
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