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12/06/2006 - 21h13

Delegado atribui assassinatos no litoral de SP à guerra entre criminosos

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MARIANA CAMPOS
da Agência Folha, em Santos

De acordo com o delegado Everardo Tanganelli Júnior, diretor do Deinter-6 (Departamento de Polícia Judiciária do Interior), a explicação mais provável para o alto número de mortes provocadas por armas de fogo na Baixada Santista durante os primeiros dias de ataque do crime organizado contra forças de segurança, entre 12 e 19 de maio, é a guerra entre criminosos.

"A maior possibilidade seria essa [guerra entre criminosos]. Todo mundo quer tirar uma casquinha e aproveitar. Eles pegaram a oportunidade", disse.

Segundo laudo divulgado nesta segunda pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), Guarujá, no litoral de São Paulo (87 km a sudeste da capital), registrou 29 mortes a tiros nesse período.

Em Santos (85 km da capital), foram 15 homicídios provocados por disparos, e, em São Vicente (74 km da capital), 12.

Para o delegado, o grande número de favelas existentes no Guarujá --são cerca de 80-- acaba influenciando e até facilitando a ação dos criminosos.

Desde julho do ano passado, quando Tanganelli Júnior assumiu a diretoria da Polícia Civil na Baixada Santista e Vale do Ribeira, foram presos aproximadamente 40 acusados de serem "pilotos" ou de pertencerem ao segundo escalão do PCC (Primeiro Comando da Capital). "Imagine se nós não tivéssemos prendido toda essa liderança", questionou o delegado.

Segundo levantamento feito pela Folha, os históricos dos boletins de ocorrência de homicídio registrados em Santos neste período --exceto quando as vítimas eram policiais ou seguranças-- são parecidos: a guarnição era acionada via rádio para atender ocorrência e se deparava com as vítimas caídas ao chão, atingidas por disparos de arma de fogo. Em alguns casos, os criminosos teriam passado de moto efetuando os disparos.

Em São Vicente, vários dos boletins de ocorrência de homicídios apresentavam no histórico informações parecidas.

De acordo com Tanganelli Júnior, quando ele assumiu o departamento, a média era de 30 mortes violentas por mês na Baixada Santista. Este número baixou atualmente para 15.

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