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27/06/2006 - 10h11

Delegacias e bases da PM ficam em estado de alerta em São Paulo

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do Agora
da Folha Online

Delegacias e bases da Polícia Militar reforçaram a segurança após a ação que resultou, segunda-feira (26), na morte de 13 pessoas supostamente ligadas ao PCC em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo).

De acordo com a polícia, a ação ocorreu minutos antes de uma tentativa de ataque da facção criminosa contra agentes penitenciários.

A assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública afirma que a polícia não suspendeu o estado de alerta desde os ataques de maio --quando ocorreu a maior ação contra as forças de segurança do Estado. Algumas áreas próximas a delegacias ou postos policiais estão isoladas.

Em Taboão da Serra (Grande SP), a rua onde fica o distrito da Polícia Civil permanece fechada desde sábado, após a notificação de que haveria ataques contra a polícia.

No centro da cidade de São Paulo, cones impediam a aproximação de veículos à base da PM perto do Parque da Luz, na segunda-feira.

Para o presidente do sindicato dos investigadores, João Batista Rebouças, delegacias de regiões afastadas do centro deveriam manter a precaução. "Só com dureza conseguiremos combater o crime", afirmou.

Ataques

Investigações da Polícia Civil revelaram que integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) da Grande São Paulo receberam ordens de dentro de prisões para matar de 5 a 15 agentes penitenciários em dez dias. O prazo terminaria nesta terça-feira.

Para conter ataques, policiais monitoravam suspeitos e, na manhã de ontem, montaram uma operação perto do CDP (Centro de Detenção Provisória) de São Bernardo.

Os chefes da facção criminosa teriam decidido matar agentes na Grande São Paulo por causa da suposta falta de violência nos ataques feitos por criminosos da região, no último mês de maio. Com as novas ações, os criminosos teriam como objetivo reduzir o rigor nos presídios.

Mortos

As 13 pessoas mortas na segunda-feira --12 homens e uma mulher-- tinham antecedentes criminais e ligação com o PCC, de acordo com o delegado seccional de São Bernardo, Marco Antônio de Paula Santos.

Conforme informações da polícia, para concretizar o ataque que estava planejado para ontem, os criminosos começaram a chegar à região do CDP-1 de São Bernardo por volta das 5h. Duas horas mais tarde, começaram os tiroteios entre criminosos e policiais.

Foram mortos dois suspeitos que aguardavam a chegada dos agentes no ponto de ônibus; seis que estavam em um posto de gasolina; um em outro posto de gasolina; e o décimo em um carro. Mais três suspeitos fugiram em um veículo em direção a Diadema, mas foram surpreendidos e mortos por um bloqueio policial no acesso à cidade.

Três mulheres que seriam responsáveis por observar a rotina dos agentes e outros dois homens foram presos. A polícia afirma ter apreendido sete revólveres, nove pistolas e uma espingarda com os suspeitos.

Terror

Entre os últimos dias 12 e 19 de maio, o PCC promoveu uma série de ataques coordenados contra forças de segurança em diversos pontos do Estado e, simultaneamente, uma onda de rebeliões que atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista.

Os crimes foram uma retaliação à decisão do governo estadual de isolar a cúpula do PCC no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo) e mais de 300 presos ligados à organização no presídio de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo).

Nas ações, os criminosos mataram policiais civis e militares, guardas civis e agentes penitenciários. Nos dias seguintes, cerca de 90 civis que teriam envolvimento com os ataques foram mortos a tiros, em supostos confrontos com policiais. Os casos e a suspeita de que houve abuso de poder ainda estão sendo investigados.

De acordo com o governo estadual, desde o início das ações, 270 suspeitos foram detidos.

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