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29/06/2006
-
16h33
da Folha Online
O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) entregará nesta quinta-feira à OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo uma fita e bilhetes trocados entre chefes do PCC e um advogado para pressionar a instituição a investigar profissionais suspeitos de atuar como pombos-correio.
Por bilhetes, advogado e clientes se comunicavam secretamente, apesar do vidro colocado entre eles, durante consultas da penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), em 2003. O advogado foi condenado a prisão em 2004, por formação de quadrilha.
Para o deputado, integrante da CPI, as imagens provam que o crime organizado, em especial o PCC (Primeiro Comando da Capital), possui um "braço jurídico legal" e "usa advogados como pombos-correio".
No último dia 6 de junho, Jungmann entregou à OAB-SP uma lista com os nomes dos 33 advogados que mais haviam visitado presos apontados como integrantes da cúpula do PCC neste ano.
O maior número de visitas era da advogada Maria Odette de Moraes Haddad, inscrita na OAB-SP. Segundo a lista, ela havia realizado 110 visitas a 46 presos ligados ao PCC entre os últimos dias 9 de janeiro e 5 de maio.
Em entrevista à reportagem, Haddad negou as acusações e justificou, uma a uma, as visitas apontadas pelo deputado. "Todos os clientes para quem eu trabalho, eu provo que trabalho."
Na quarta-feira (28), três advogados foram presos no interior de São Paulo por força de mandados de prisão suspeitos de atuar como pombos-correio da mesma organização criminosa.
Também na quarta, um agente penitenciário foi morto a tiros na porta de sua casa, na região metropolitana de São Paulo. Há suspeitas de que a morte tenha sido encomendada pelo PCC.
Por telefone, a reportagem solicitou um parecer da OAB-SP sobre a atitude do deputado mas, até as 16h10, não havia recebido resposta.
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Deputado pressiona OAB-SP para investigar atuação de advogados
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O deputado federal Raul Jungmann (PPS-PE) entregará nesta quinta-feira à OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Paulo uma fita e bilhetes trocados entre chefes do PCC e um advogado para pressionar a instituição a investigar profissionais suspeitos de atuar como pombos-correio.
Por bilhetes, advogado e clientes se comunicavam secretamente, apesar do vidro colocado entre eles, durante consultas da penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 km a oeste de São Paulo), em 2003. O advogado foi condenado a prisão em 2004, por formação de quadrilha.
Para o deputado, integrante da CPI, as imagens provam que o crime organizado, em especial o PCC (Primeiro Comando da Capital), possui um "braço jurídico legal" e "usa advogados como pombos-correio".
No último dia 6 de junho, Jungmann entregou à OAB-SP uma lista com os nomes dos 33 advogados que mais haviam visitado presos apontados como integrantes da cúpula do PCC neste ano.
O maior número de visitas era da advogada Maria Odette de Moraes Haddad, inscrita na OAB-SP. Segundo a lista, ela havia realizado 110 visitas a 46 presos ligados ao PCC entre os últimos dias 9 de janeiro e 5 de maio.
Em entrevista à reportagem, Haddad negou as acusações e justificou, uma a uma, as visitas apontadas pelo deputado. "Todos os clientes para quem eu trabalho, eu provo que trabalho."
Na quarta-feira (28), três advogados foram presos no interior de São Paulo por força de mandados de prisão suspeitos de atuar como pombos-correio da mesma organização criminosa.
Também na quarta, um agente penitenciário foi morto a tiros na porta de sua casa, na região metropolitana de São Paulo. Há suspeitas de que a morte tenha sido encomendada pelo PCC.
Por telefone, a reportagem solicitou um parecer da OAB-SP sobre a atitude do deputado mas, até as 16h10, não havia recebido resposta.
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