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29/06/2006
-
21h10
CRISTIANO MACHADO
da Agência Folha, em Presidente Prudente
Presos da penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 km a oeste de SP) promoveram nesta quinta-feira um tumulto em solidariedade ao chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, isolado desde 13 de maio na unidade.
A Folha apurou que o tumulto começou por volta das 15h30, quando dois promotores chegaram ao local para ouvir Marcola sobre a morte do bombeiro João Alberto da Costa, uma das vítimas da onda de ataques em maio no Estado.
Marcola foi denunciado pelo Ministério Público como mandante do crime, com base em depoimento de um dos suspeitos. Os promotores Carlos Roberto Talarico e Márcio Prado deixaram a penitenciária duas horas depois sem ouvir Marcola, por causa da ausência de seus advogados.
Logo depois de Marcola ter sido retirado da cela para se encontrar com os promotores, os detentos começaram a bater nas portas de aço e gritar, ameaçando os agentes que escoltavam o chefe do PCC.
Alguns detentos conseguiram quebrar vidros das celas do presídio, onde vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), considerado o mais rígido do país.
O GIR (Grupo de Intervenção Rápida), formado por agentes penitenciários treinados para controlar motins, começou a vistoriar as celas e recolheu alguns pedaços de vidro. Os gritos e até sons de duas bombas de efeito moral foram ouvidos do lado de fora da prisão. O presídio de Presidente Bernardes tem capacidade para 160 presos em celas individuais. Segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), até o último dia 15 havia 141 presos na unidade.
A SAP não confirmou o tumulto na unidade. Membros da Coordenadoria de Unidades Prisionais do Oeste Paulista não responderam aos recados.
Outra prisão da região foi alvo de blitz nesta quinta. Com apoio do pelotão de choque da PM, agentes penitenciários encontraram grades serradas em três celas do pavilhão 4 da penitenciária 1 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de SP), onde no ano passado uma rebelião terminou com cinco presos decapitados por rivais. A SAP também não confirmou a informação. Com capacidade para 680 presos, a P1 de Venceslau possuía 474 até o dia 15 deste mês, segundo a SAP.
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Presos promovem tumulto em solidariedade a Marcola
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da Agência Folha, em Presidente Prudente
Presos da penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes (589 km a oeste de SP) promoveram nesta quinta-feira um tumulto em solidariedade ao chefe do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, isolado desde 13 de maio na unidade.
A Folha apurou que o tumulto começou por volta das 15h30, quando dois promotores chegaram ao local para ouvir Marcola sobre a morte do bombeiro João Alberto da Costa, uma das vítimas da onda de ataques em maio no Estado.
Marcola foi denunciado pelo Ministério Público como mandante do crime, com base em depoimento de um dos suspeitos. Os promotores Carlos Roberto Talarico e Márcio Prado deixaram a penitenciária duas horas depois sem ouvir Marcola, por causa da ausência de seus advogados.
Logo depois de Marcola ter sido retirado da cela para se encontrar com os promotores, os detentos começaram a bater nas portas de aço e gritar, ameaçando os agentes que escoltavam o chefe do PCC.
Alguns detentos conseguiram quebrar vidros das celas do presídio, onde vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado), considerado o mais rígido do país.
O GIR (Grupo de Intervenção Rápida), formado por agentes penitenciários treinados para controlar motins, começou a vistoriar as celas e recolheu alguns pedaços de vidro. Os gritos e até sons de duas bombas de efeito moral foram ouvidos do lado de fora da prisão. O presídio de Presidente Bernardes tem capacidade para 160 presos em celas individuais. Segundo a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), até o último dia 15 havia 141 presos na unidade.
A SAP não confirmou o tumulto na unidade. Membros da Coordenadoria de Unidades Prisionais do Oeste Paulista não responderam aos recados.
Outra prisão da região foi alvo de blitz nesta quinta. Com apoio do pelotão de choque da PM, agentes penitenciários encontraram grades serradas em três celas do pavilhão 4 da penitenciária 1 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de SP), onde no ano passado uma rebelião terminou com cinco presos decapitados por rivais. A SAP também não confirmou a informação. Com capacidade para 680 presos, a P1 de Venceslau possuía 474 até o dia 15 deste mês, segundo a SAP.
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