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04/07/2006 - 11h01

Agentes penitenciários devem ampliar paralisação em São Paulo

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da Folha Online
da Folha de S.Paulo

Agentes penitenciários de 30 das 144 unidades prisionais do Estado de São Paulo ainda mantêm atividades paralisadas na manhã desta terça-feira, segundo informou a SAP (Secretaria da Administração Penitenciária).

A manifestação começou na segunda-feira (3), em protesto contra mortes de agentes nos últimos dias. A paralisação impediu a entrada de advogados, o envio de objetos por familiares aos presos, e as apresentações de detentos em audiências.

A SAP informou nesta terça-feira que as atividades não foram totalmente interrompidas nas 30 unidades em que registrou-se paralisação.
Caio Guatelli/Folha Imagem
Agentes penitenciários protestam e colocam mensagem de luto na entrada do CDP do Belém
Agentes penitenciários protestam e colocam mensagem de luto na entrada do CDP do Belém


O Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) informou que 3.900 dos 23 mil funcionários do Estado pararam e que mais 20 cadeias também devem parar nesta terça.

O sindicato informou que agentes penitenciários têm sofrido ameaças de que seriam as próximas vítimas da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Segundo a secretaria, 14 das unidades afetadas estão na Grande São Paulo, uma no Vale do Paraíba, 12 na região oeste do Estado e quatro na região noroeste.

Mortos

No último dia 30 de junho, o agente Nilton Celestino, 41, que trabalhava no sistema prisional desde 1991, foi morto na porta de sua casa, em Itapecerica da Serra (Grande São Paulo). No dia seguinte foi a vez do carcereiro Gilmar Francisco da Silva, 41, morto a tiros no Jardim Panamericano (zona norte de São Paulo). Ele era funcionário do presídio de Pinheiros.

No dia 1º de julho, dois criminosos mataram o agente Eduardo Rodrigues no bairro Jardim João 23 (zona oeste de São Paulo). Ele era funcionário da Penitenciária Feminina de Santana (zona norte de São Paulo).

Na noite do último dia 2, Otacílio do Couto, 41, foi morto no Jardim Joamar (zona norte de São Paulo), quando falava em um telefone público. Os tiros foram disparados por ocupantes de uma Parati vermelha. Couto trabalhava no CDP do Belém (zona leste de São Paulo).

Também na noite do dia 2, outro agente identificado como Joselito Francisco da Silva foi alvo de uma tentativa de homicídio, em Guarulhos (Grande São Paulo). Ele é agente no CDP da cidade.

Situação crítica

O secretário da Administração Penitenciária, Antonio Ferreira Pinto, disse nesta segunda-feira que, em até duas semanas, encaminhará à Assembléia Legislativa um projeto de alteração na lei estadual para que os agentes penitenciários que trabalham nos 144 presídios paulistas --onde estão hoje cerca de 126 mil detentos-- passem a ter o direito de portar armas.

Pinto admitiu que a situação é crítica, e que a paralisação nas penitenciárias do Estado é legítima.

Colaboraram MAURÍCIO SIMIONATO , da Agência Folha, e o AGORA

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