Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
12/07/2006 - 17h05

Agentes penitenciários de SP ameaçam parar no fim de semana

Publicidade

da Folha Online

Agentes penitenciários do Estado de São Paulo ameaçam paralisar as atividades no próximo fim de semana. A paralisação seria um protesto contra o assassinato do filho de um funcionário de um CDP (Centro de Detenção Provisória) da Grande São Paulo, ocorrido na terça-feira (10). Os representantes dos agentes ainda divergem sobre a decisão.

Em assembléia extraordinária realizada ontem pelo Sindasp (Sindicato dos Agentes de Segurança Penitenciária do Estado de São Paulo), ficou decidido que os assassinatos a funcionários ou parentes durante a semana vão acarretar em paralisação no sábado e no domingo.

Porém, o Sifuspesp (Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo) diz que não há indicações para este tipo protesto. O sindicato que representa toda a categoria do sistema prisional do Estado ainda não descarta interromper visitas a presos caso aconteçam assassinatos na véspera do fim de semana.

Se a decisão do Sindasp for cumprida, só funcionarão nas unidades prisionais a alimentação e o atendimento de urgência. O parâmetro para urgência, segundo o Sindasp, é decidido pelos próprios agentes.

O Sindasp também repudiou a forma como o governo vem lidando com o crime organizado.

Violência

Um rapaz de 23 anos, filho de um agente penitenciário, foi morto a tiros na manhã de terça-feira (10), quando andava ao lado da mulher na rua Alto do Bonfim, na Vila Santa Catarina (zona sul de São Paulo). O cunhado dele também é agente penitenciário.

Desde 28 de junho, cinco agentes penitenciários e um carcereiro foram mortos. Outros dois agentes sofreram tentativas de homicídio. No último final de semana, dois PMs --sendo um sargento da reserva-- também foram mortos. Outros dois PMs foram alvo de tentativas, mas não se feriram.

Entre a noite de terça e esta quarta-feira uma nova onda de violência atribuída ao crime organizado foi registrada no Estado. Tiros ou coquetéis molotov atingiram 53 alvos, das 22h às 12h, conforme balanço do governo estadual. Cinco pessoas foram mortas.

Maio

Na maior série de atentados promovida pelo PCC, entre 12 e 19 de maio, o PCC promoveu uma onda de rebeliões que atingiu 82 unidades do sistema penitenciário paulista e realizou 299 ataques, incluindo incêndios a ônibus.

Na ocasião, a onda de violência seria uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa em prisões.

A partir de 28 de junho, os atentados passaram a atingir também agentes penitenciários. Desde então, cinco agentes penitenciários e um carcereiro foram mortos. Outros dois agentes sofreram tentativas de homicídio. Ontem, o filho de um agente foi morto na zona sul de São Paulo.

Leia mais
  • Lula pede atitude contra crime em SP; Lembo volta a recusar apoio
  • Criminosos atiram contra fachada de fórum no interior de SP
  • Advogada suspeita de atuar para PCC poderá ficar calada em CPI

    Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o PCC
  • Leia a cobertura completa sobre os ataques do PCC
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página