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12/07/2006 - 17h50

Ministro e governador de São Paulo discutirão combate ao PCC

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da Folha Online

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), deverão se encontrar nos próximos dias para discutir o combate ao crime organizado no Estado --liderado pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). "É uma situação que precisa ser vigiada, que precisa ser trabalhada", disse o ministro.

Nesta quarta-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou "uma atitude" contra as ações criminosas durante uma coletiva de imprensa em Salvador (BA). "Os bandidos estão aterrorizando São Paulo."

Horas depois, Lembo divulgou uma nota por meio de sua assessoria de imprensa em que ressaltava a negativa à oferta. "O reforço policial não é oportuno nem necessário, pois o efetivo de segurança paulista é o maior e mais bem equipado entre os Estados."

Desde o último dia 28 de junho, cinco agentes penitenciários, um carcereiro e o filho de um agente foram mortos em São Paulo. Entre a noite de terça (11) e madrugada desta quarta-feira, ocorreram ao menos 48 ataques a forças de segurança e bancos e incêndios a ônibus.

Na nota, Lembo ressalta ainda que os governos federal e estadual trabalham "em harmonia". Bastos reforçou a idéia. "Tudo que a Polícia Federal detecta, e ela tem uma inteligência muito bem organizada e muito eficaz, ela passa para as forças estaduais", disse.

O Ministério da Justiça tem oferecido apoio federal --como a FNS (Força Nacional de Segurança) e o Exército-- desde a semana passada, mas a oferta tem sido recusada por Lembo. Ele é sucessor de Geraldo Alckmin (PSDB-SP), que concorre contra Lula à Presidência.

"Se São Paulo continua entendendo que a situação está normal e pode consertar sem ajuda, o governo federal não pode fazer nada", disse Lula.

Ataques

Os novos ataques ocorreram após a prisão de Emivaldo Silva Santos, 30, o BH, acusado de ser o "general" do PCC na região do ABC. Ele foi preso no início da noite de terça, na rodovia Imigrantes, em uma operação conjunta das polícias Civil e Militar.

Segundo o secretário da Segurança, os ataques não teriam ligação com a prisão, mas sim com o possível plano transferir líderes da facção para o presídio federal de Catanduvas (PR). Reportagem publicada pela Folha nesta quarta mostra que o governo estadual pretendia fazer as transferências nos próximos dias.

O secretário da Segurança negou a existência da lista e disse que, por meio de escutas, foi constatado que os presos ficaram apreensivos com a possível transferência. Já o secretário da Administração Penitenciária admitiu que, em conversa com o governo federal, pediu 40 vagas na unidade, mas que ainda não obteve resposta.

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