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14/07/2006 - 18h46

Lembo se diz surpreendido pelo PCC

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TATIANA FÁVARO
da Folha Online

O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), admitiu nesta sexta-feira que o Estado foi surpreendido por uma modalidade de crime "que saiu de suas práticas convencionais". Lembo afirmou que as polícias estavam preparadas, mas para o que classificou como "crime comum". Ele disse ser urgente conceber novas formas de combater a criminalidade.

"Nossas polícias --a Polícia Militar, a Polícia Civil e a Polícia Federal certamente, e as demais polícias-- estavam todas preparadas para o crime comum", afirmou Lembo. "Nós estamos numa situação muito difícil. Esses criminosos foram concebidos no passado, ingressaram em nossos presídios e trouxeram práticas externas pra dentro dos nossos presídios."

A integração entre os governos federal e estadual seria uma das formas de combater a nova modalidade do crime, afirmou Lembo. "O crime organizado saiu de suas práticas convencionais e veio para o sentido de conflito contra o Estado, o que não era costumeiro no Brasil", afirmou. "Na verdade o que está sendo agredido é o Estado Nacional Brasileiro."

Os alvos dos últimos ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital), ocorridos nesta semana, mudaram. Em maio, durante a maior violência contra as forças de segurança do Estado de São Paulo, o crime organizado mirou os policiais civis e militares e suas bases e locais de trabalho. Desde a noite da última terça (11), foram atacados prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas, ônibus e forças de segurança.

"A integração do governo federal com o governo do Estado de São Paulo é total neste momento, reanalisando as formas de agir contra o crime organizado. São novas formas de combater a criminalidade que nós temos de conceber rapidamente no Brasil", disse o governador.

Celulares

O governador reconheceu que os celulares ainda são um mal dentro dos presídios. "Instrumentozinho diabólico esse tal de celular", disse Lembo.

Entre as medidas para diminuir o poder de comunicação do crime organizado está a intensificação das revistas nos presídios e os possíveis bloqueios individuais de sinal de celular solicitados pelo governo do Estado.

"O poder judiciário mandou bloquear os celulares em determinadas áreas do Estado de São Paulo. Houve uma grande solicitação das sociedades locais para que houvesse o desbloqueio. Bloqueios individuais estão sendo analisados", afirmou Lembo.

Segundo ele, apesar de as revistas em presídios serem feitas diariamente, ainda são encontrados aparelhos de telefone celular no sistema prisional, todos os dias.

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