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15/07/2006
-
17h05
EDUARDO DE OLIVEIRA
da Agência Folha
Passado quase um mês desde o último ataque, mais um ônibus foi incendiado na região metropolitana de Vitória (ES), o 18º desde o início do ano. O atentado ocorreu por volta das 23h de quinta-feira (13). Teve características e suposta motivação semelhantes aos causados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo.
Quatro homens armados renderam o motorista do ônibus, em Vila Velha (14 km de Vitória), e exigiram que todos descessem. Não houve feridos.
Bilhete entregue ao motorista dizia que o ataque era um protesto contra as condições dos presos na Casa de Custódia de Viana (região metropolitana de Vitória). O papel trazia assinatura de "O Crime".
"Estamos queimando mais um ônibus a pedido dos irmãos que estão no sofrimento na Casa de Custódia em Viana pela superlotação, onde também se encontram presos do Mosesp 2 [nome antigo do presídio de segurança máxima] sofrendo maus-tratos, [com] a falta de água, presos doentes sem medicação, e porque também não estão recebendo visitas nem a entrada de malotes. Estamos esperando uma resposta com solução que possa ajudar os irmãos que estão sofrendo", foi o recado dado às autoridades.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Antônio Coutinho, descartou que o novo ataque tenha relação com as ações do PCC.
Seis pessoas foram presas na Grande Vitória na manhã de sexta (14). Foram encontrados um revólver, uma pistola 9 mm, uma espingarda, munições, celulares, dinheiro e rádios comunicadores, entre outros.
Força Nacional
A segurança na Casa de Custódia de Viana é feita pela FNS (Força Nacional de Segurança) há quase um mês. Com capacidade para 360 presos, abrigava ontem 1.120.
Para lá foram transferidos 710 presos da penitenciária de segurança máxima do mesmo complexo, destruída após rebelião. Alegando "questões de segurança", a Secretaria da Justiça proibiu a entrada de malotes --encomendas-- e visitas.
Relatório assinado por ONGs de direitos humanos, baseado em relatos de presos, denuncia maus-tratos supostamente cometidos por agentes da FNS.
Alguns deles reclamaram que são torturados com choques elétricos, que seriam dados com uma espécie de varinha. O comandante da FNS, major Dan Câmara, disse que seus homens não dispõem de nenhum equipamento que produza choques.
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da Agência Folha
Passado quase um mês desde o último ataque, mais um ônibus foi incendiado na região metropolitana de Vitória (ES), o 18º desde o início do ano. O atentado ocorreu por volta das 23h de quinta-feira (13). Teve características e suposta motivação semelhantes aos causados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo.
Quatro homens armados renderam o motorista do ônibus, em Vila Velha (14 km de Vitória), e exigiram que todos descessem. Não houve feridos.
Bilhete entregue ao motorista dizia que o ataque era um protesto contra as condições dos presos na Casa de Custódia de Viana (região metropolitana de Vitória). O papel trazia assinatura de "O Crime".
"Estamos queimando mais um ônibus a pedido dos irmãos que estão no sofrimento na Casa de Custódia em Viana pela superlotação, onde também se encontram presos do Mosesp 2 [nome antigo do presídio de segurança máxima] sofrendo maus-tratos, [com] a falta de água, presos doentes sem medicação, e porque também não estão recebendo visitas nem a entrada de malotes. Estamos esperando uma resposta com solução que possa ajudar os irmãos que estão sofrendo", foi o recado dado às autoridades.
O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Antônio Coutinho, descartou que o novo ataque tenha relação com as ações do PCC.
Seis pessoas foram presas na Grande Vitória na manhã de sexta (14). Foram encontrados um revólver, uma pistola 9 mm, uma espingarda, munições, celulares, dinheiro e rádios comunicadores, entre outros.
Força Nacional
A segurança na Casa de Custódia de Viana é feita pela FNS (Força Nacional de Segurança) há quase um mês. Com capacidade para 360 presos, abrigava ontem 1.120.
Para lá foram transferidos 710 presos da penitenciária de segurança máxima do mesmo complexo, destruída após rebelião. Alegando "questões de segurança", a Secretaria da Justiça proibiu a entrada de malotes --encomendas-- e visitas.
Relatório assinado por ONGs de direitos humanos, baseado em relatos de presos, denuncia maus-tratos supostamente cometidos por agentes da FNS.
Alguns deles reclamaram que são torturados com choques elétricos, que seriam dados com uma espécie de varinha. O comandante da FNS, major Dan Câmara, disse que seus homens não dispõem de nenhum equipamento que produza choques.
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