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16/07/2006
-
10h41
da Folha de S.Paulo
Analistas ouvidos pela Folha dizem que as ações cometidas pelo PCC em São Paulo têm elementos de ligação com atos terroristas, mas não se encaixam perfeitamente nessa definição, embora já não se trate de criminalidade "tradicional".
"São atos de terror", diz Luiz Eduardo Soares. "Mas não podemos defini-los como terrorismo", afirma, já que os líderes do PCC não têm "bandeiras políticas" -é, simplesmente "uma rede criminosa".
A avaliação é parecida com a da antropóloga Alba Zaluar, professora titular de antropologia da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). "Ainda não é aquela forma de terrorismo que coloca bombas para matar as pessoas. Eles não têm ódio da população."
"É muito assustador. Nunca vivemos isso no Brasil", continua. Ela também rechaça o uso do termo "guerra civil", já que não há confronto étnico ou entre grupos sociais distintos.
"Esses conceitos têm de ser repensados", defende Marcelo Lopes de Souza. "Guerra civil tinha um significado muito preciso até 20 anos atrás. As situações no Rio e em São Paulo não se enquadram nesse conceito clássico, em que um grupo social se organiza e tenta tomar o poder do Estado."
"Se não é guerra civil clássica, por outro lado o que é? Terrorismo, o que é?" Embora os métodos sejam semelhantes, diz, não há "organização programática" por trás das ações.
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Ação criminosa indica traços de terrorismo, mas sem ideal
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"São atos de terror", diz Luiz Eduardo Soares. "Mas não podemos defini-los como terrorismo", afirma, já que os líderes do PCC não têm "bandeiras políticas" -é, simplesmente "uma rede criminosa".
A avaliação é parecida com a da antropóloga Alba Zaluar, professora titular de antropologia da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). "Ainda não é aquela forma de terrorismo que coloca bombas para matar as pessoas. Eles não têm ódio da população."
"É muito assustador. Nunca vivemos isso no Brasil", continua. Ela também rechaça o uso do termo "guerra civil", já que não há confronto étnico ou entre grupos sociais distintos.
"Esses conceitos têm de ser repensados", defende Marcelo Lopes de Souza. "Guerra civil tinha um significado muito preciso até 20 anos atrás. As situações no Rio e em São Paulo não se enquadram nesse conceito clássico, em que um grupo social se organiza e tenta tomar o poder do Estado."
"Se não é guerra civil clássica, por outro lado o que é? Terrorismo, o que é?" Embora os métodos sejam semelhantes, diz, não há "organização programática" por trás das ações.
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