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17/07/2006
-
12h08
da Folha Online
Desde o início da nova onda de ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital), na noite da última terça-feira, cerca de 60 ônibus foram danificados na cidade de São Paulo.
De acordo com registros da SPTrans (empresa municipal que gerencia o transporte coletivo), foram 58 veículos danificados --a maioria queimados.
Um ataque ocorrido na noite de domingo (16) ainda não entrou na estatística da prefeitura. Por volta das 23h30, um ônibus da Viação Santa Brígida foi queimado na avenida Marquês de São Vicente, em frente ao CT (Centro de Treinamento) do São Paulo Futebol Clube (zona oeste da cidade).
O SPUrbanus (sindicato patronal das empresas de ônibus), por sua vez, registra ataques a 43 ônibus de empresas e a 19 de cooperativas. Os prejuízos passam de R$ 5 milhões.
A violência deixou a cidade de São Paulo praticamente sem ônibus na quinta-feira (13).
Violência
O último balanço divulgado pela Secretaria da Segurança Pública, na sexta-feira (14), aponta que 64 suspeitos de envolvimento nas ações criminosas foram presos desde o início da nova onda de ataques.
Também na sexta-feira, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, anunciou a liberação de R$ 100 milhões do Fundo Nacional Penitenciário para a SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) do Estado de São Paulo.
Do total, 50% deverá ser usado em serviços de inteligência. O restante deve ser aplicado em reconstrução e aquisição de novos presídios e equipamentos. O ministro classificou a liberação da verba como uma "contribuição extremamente importante".
De acordo com o governo estadual, ainda não há data definida para o efetivo repasse dos recursos --que fazem parte de um total de R$ 200 milhões liberados por medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o sistema carcerário do país.
Ataques
Desde a noite da última terça, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas, ônibus e agentes de segurança têm sido atacados. Crimes ainda têm sido registrados, em menor ritmo.
Um possível plano de transferência de presos para a penitenciária federal de Catanduvas (PR) teria sido o motivo da nova onda de ataques --a maior desde as ações de maio.
Reportagem publicada na semana passada pela Folha de S.Paulo mostra que a nova onda de ataques foi uma represália contra a tortura, os maus-tratos a parentes e às condições dos presídios, segundo o ex-policial civil Ivan Raymondi Barbosa, presidente da ONG Nova Ordem, investigada pelo Ministério Público por suposta ligação com a facção criminosa.
O PCC promoveu a maior série de atentados de sua história entre os últimos dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Uma onda de rebeliões atingiu simultaneamente 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência seria uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa em prisões.
Colaborou LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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Desde o início da nova onda de ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital), na noite da última terça-feira, cerca de 60 ônibus foram danificados na cidade de São Paulo.
De acordo com registros da SPTrans (empresa municipal que gerencia o transporte coletivo), foram 58 veículos danificados --a maioria queimados.
Um ataque ocorrido na noite de domingo (16) ainda não entrou na estatística da prefeitura. Por volta das 23h30, um ônibus da Viação Santa Brígida foi queimado na avenida Marquês de São Vicente, em frente ao CT (Centro de Treinamento) do São Paulo Futebol Clube (zona oeste da cidade).
O SPUrbanus (sindicato patronal das empresas de ônibus), por sua vez, registra ataques a 43 ônibus de empresas e a 19 de cooperativas. Os prejuízos passam de R$ 5 milhões.
A violência deixou a cidade de São Paulo praticamente sem ônibus na quinta-feira (13).
Violência
O último balanço divulgado pela Secretaria da Segurança Pública, na sexta-feira (14), aponta que 64 suspeitos de envolvimento nas ações criminosas foram presos desde o início da nova onda de ataques.
Também na sexta-feira, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, anunciou a liberação de R$ 100 milhões do Fundo Nacional Penitenciário para a SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária) do Estado de São Paulo.
Do total, 50% deverá ser usado em serviços de inteligência. O restante deve ser aplicado em reconstrução e aquisição de novos presídios e equipamentos. O ministro classificou a liberação da verba como uma "contribuição extremamente importante".
De acordo com o governo estadual, ainda não há data definida para o efetivo repasse dos recursos --que fazem parte de um total de R$ 200 milhões liberados por medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o sistema carcerário do país.
Ataques
Desde a noite da última terça, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas, ônibus e agentes de segurança têm sido atacados. Crimes ainda têm sido registrados, em menor ritmo.
Um possível plano de transferência de presos para a penitenciária federal de Catanduvas (PR) teria sido o motivo da nova onda de ataques --a maior desde as ações de maio.
Reportagem publicada na semana passada pela Folha de S.Paulo mostra que a nova onda de ataques foi uma represália contra a tortura, os maus-tratos a parentes e às condições dos presídios, segundo o ex-policial civil Ivan Raymondi Barbosa, presidente da ONG Nova Ordem, investigada pelo Ministério Público por suposta ligação com a facção criminosa.
O PCC promoveu a maior série de atentados de sua história entre os últimos dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Uma onda de rebeliões atingiu simultaneamente 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência seria uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa em prisões.
Colaborou LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online
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