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17/07/2006
-
20h19
da Folha Online
O governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), voltou a recusar a presença de tropas federais no Estado nesta segunda-feira. O governo havia oferecido a ajuda a Lembo desde os primeiros ataques contra as forças de segurança pública, realizados no mês de maio.
"[As Forças Armadas] não têm que combater a criminalidade, têm que proteger a soberania nacional", afirmou Lembo durante encontro com o general Luiz Edmundo Carvalho, comandante militar do Sudeste, nesta segunda-feira.
O comandante do Exército também afirmou que não há necessidade da presença das tropas em São Paulo.
Na semana passada, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, anunciou repasse de verba de R$ 100 milhões, a serem aplicados na construção e reformas de presídios do Estado e no investimento em setores de inteligência das polícias. Na ocasião, Lembo também recusou a presença das tropas do Exército e da Força Nacional de Segurança. O governador, no entanto, aceitou a colaboração no setor de inteligência.
Ataques
O último balanço divulgado pela Secretaria da Segurança Pública, na sexta-feira (14), aponta que 64 suspeitos de envolvimento nas ações criminosas foram presos desde o início da nova onda de ataques.
De acordo com o governo estadual, ainda não há data definida para o efetivo repasse dos recursos --que fazem parte de um total de R$ 200 milhões liberados por medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o sistema carcerário do país.
Desde a noite da última terça, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas, ônibus e agentes de segurança têm sido atacados. Crimes ainda têm sido registrados, em menor ritmo.
Um possível plano de transferência de presos para a penitenciária federal de Catanduvas (PR) teria sido o motivo da nova onda de ataques --a maior desde as ações de maio.
Reportagem publicada na semana passada pela Folha de S.Paulo mostra que a nova onda de ataques foi uma represália contra a tortura, os maus-tratos a parentes e às condições dos presídios, segundo o ex-policial civil Ivan Raymondi Barbosa, presidente da ONG Nova Ordem, investigada pelo Ministério Público por suposta ligação com a facção criminosa.
O PCC promoveu a maior série de atentados de sua história entre os últimos dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Uma onda de rebeliões atingiu simultaneamente 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência seria uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa em prisões.
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"[As Forças Armadas] não têm que combater a criminalidade, têm que proteger a soberania nacional", afirmou Lembo durante encontro com o general Luiz Edmundo Carvalho, comandante militar do Sudeste, nesta segunda-feira.
O comandante do Exército também afirmou que não há necessidade da presença das tropas em São Paulo.
Na semana passada, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, anunciou repasse de verba de R$ 100 milhões, a serem aplicados na construção e reformas de presídios do Estado e no investimento em setores de inteligência das polícias. Na ocasião, Lembo também recusou a presença das tropas do Exército e da Força Nacional de Segurança. O governador, no entanto, aceitou a colaboração no setor de inteligência.
Ataques
O último balanço divulgado pela Secretaria da Segurança Pública, na sexta-feira (14), aponta que 64 suspeitos de envolvimento nas ações criminosas foram presos desde o início da nova onda de ataques.
De acordo com o governo estadual, ainda não há data definida para o efetivo repasse dos recursos --que fazem parte de um total de R$ 200 milhões liberados por medida provisória assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o sistema carcerário do país.
Desde a noite da última terça, prédios públicos e particulares, agências bancárias, lojas, ônibus e agentes de segurança têm sido atacados. Crimes ainda têm sido registrados, em menor ritmo.
Um possível plano de transferência de presos para a penitenciária federal de Catanduvas (PR) teria sido o motivo da nova onda de ataques --a maior desde as ações de maio.
Reportagem publicada na semana passada pela Folha de S.Paulo mostra que a nova onda de ataques foi uma represália contra a tortura, os maus-tratos a parentes e às condições dos presídios, segundo o ex-policial civil Ivan Raymondi Barbosa, presidente da ONG Nova Ordem, investigada pelo Ministério Público por suposta ligação com a facção criminosa.
O PCC promoveu a maior série de atentados de sua história entre os últimos dias 12 e 19 de maio. Foram 299 ações, incluindo incêndios a ônibus. Uma onda de rebeliões atingiu simultaneamente 82 unidades do sistema penitenciário paulista. Na ocasião, a onda de violência seria uma resposta à decisão do governo estadual de isolar líderes da facção criminosa em prisões.
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