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18/07/2006
-
20h39
da Folha Online
Terminou por volta das 19h30 desta terça-feira o primeiro dia do julgamento de três dos quatro acusados de participar do assassinato do casal Liana Friedenbach e Felipe Silva Caffé, em Embu-Guaçu, em 2003.
Pela manhã, foram ouvidos os réus --Agnaldo Pires, Antônio Caetano da Silva e Antônio Matias de Barros. Depois, foram ouvidas as testemunhas: quatro comuns, duas de acusação e duas de defesa.
Ari Friedenbach, pai de Liana, é uma das testemunhas e pediu para ser ouvido em outra sala, para não ter de ver os acusados de matar sua filha.
O julgamento corre sob segredo de Justiça. Não há informações sobre os nomes das outras testemunhas nem o teor dos depoimentos.
Réus
Os três acusados chegaram à Câmara Municipal de Embu-Guaçu, onde ocorre o julgamento, às 8h25. Um quarto acusado --Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco--, recorreu da sentença de pronúncia e ainda não tem data para ser julgado. Também é acusado um jovem, à época com 16 anos, que cumpre medida socioeducativa na Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor).
Às 11h foram sorteados os sete jurados. Os réus começaram a ser ouvidos às 11h20. O primeiro a depor foi Pires. Interrogado pela juíza Alena Cotrim Bizzarro, o acusado também prestou esclarecimentos à defesa e à promotoria. Pires falou por 35 minutos.
Depois dele, foi a vez de Antônio Caetano da Silva, que depôs durante uma hora e 35 minutos. Às 13h30 começou o interrogatório de Antônio Matias de Barros.
A promotoria e os advogados só vão se pronunciar depois de divulgada a sentença.
Crime
Os estudantes desapareceram no dia 31 de outubro de 2003, depois de mentir para os pais e acampar em uma região isolada da cidade. No dia seguinte, eles foram seqüestrados e mantidos em um sítio.
Caffé foi morto por Pernambuco dois dias depois, com um tiro na nuca. Liana foi estuprada por Pernambuco, pelo adolescente e por Pires, segundo a Polícia Civil, e morta a facadas cinco dias após o seqüestro. Os corpos do casal só foram encontrados no dia 10 de novembro de 2003.
Adolescente
O jovem acusado de matar Liana a facadas e estuprá-la deve ser solto nos próximos meses, quando acabam os três anos de internação na Febem, previstos na lei.
Há casos em que o Ministério Público pediu a prorrogação da internação, de acordo com o advogado Ariel de Castro Alves. Normalmente, são situações em que a soltura do adolescente acarreta risco para a sociedade ou para ele próprio --que poderia tornar-se alvo de ameaças.
Em 2004, antes do jovem completar 18 anos, o Imesc (Instituto de Medicina Social e Criminológica de São Paulo) emitiu um laudo em favor da extensão da internação do jovem acusado. Segundo o laudo, ele "apresenta periculosidade latente por ser influenciável e não tem condições de progredir para regime de liberdade, devendo ser submetido a tratamento".
Com Folha de S.Paulo
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Terminou por volta das 19h30 desta terça-feira o primeiro dia do julgamento de três dos quatro acusados de participar do assassinato do casal Liana Friedenbach e Felipe Silva Caffé, em Embu-Guaçu, em 2003.
Pela manhã, foram ouvidos os réus --Agnaldo Pires, Antônio Caetano da Silva e Antônio Matias de Barros. Depois, foram ouvidas as testemunhas: quatro comuns, duas de acusação e duas de defesa.
Ari Friedenbach, pai de Liana, é uma das testemunhas e pediu para ser ouvido em outra sala, para não ter de ver os acusados de matar sua filha.
O julgamento corre sob segredo de Justiça. Não há informações sobre os nomes das outras testemunhas nem o teor dos depoimentos.
Réus
Os três acusados chegaram à Câmara Municipal de Embu-Guaçu, onde ocorre o julgamento, às 8h25. Um quarto acusado --Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco--, recorreu da sentença de pronúncia e ainda não tem data para ser julgado. Também é acusado um jovem, à época com 16 anos, que cumpre medida socioeducativa na Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor).
Às 11h foram sorteados os sete jurados. Os réus começaram a ser ouvidos às 11h20. O primeiro a depor foi Pires. Interrogado pela juíza Alena Cotrim Bizzarro, o acusado também prestou esclarecimentos à defesa e à promotoria. Pires falou por 35 minutos.
Depois dele, foi a vez de Antônio Caetano da Silva, que depôs durante uma hora e 35 minutos. Às 13h30 começou o interrogatório de Antônio Matias de Barros.
A promotoria e os advogados só vão se pronunciar depois de divulgada a sentença.
Crime
Os estudantes desapareceram no dia 31 de outubro de 2003, depois de mentir para os pais e acampar em uma região isolada da cidade. No dia seguinte, eles foram seqüestrados e mantidos em um sítio.
Caffé foi morto por Pernambuco dois dias depois, com um tiro na nuca. Liana foi estuprada por Pernambuco, pelo adolescente e por Pires, segundo a Polícia Civil, e morta a facadas cinco dias após o seqüestro. Os corpos do casal só foram encontrados no dia 10 de novembro de 2003.
Adolescente
O jovem acusado de matar Liana a facadas e estuprá-la deve ser solto nos próximos meses, quando acabam os três anos de internação na Febem, previstos na lei.
Há casos em que o Ministério Público pediu a prorrogação da internação, de acordo com o advogado Ariel de Castro Alves. Normalmente, são situações em que a soltura do adolescente acarreta risco para a sociedade ou para ele próprio --que poderia tornar-se alvo de ameaças.
Em 2004, antes do jovem completar 18 anos, o Imesc (Instituto de Medicina Social e Criminológica de São Paulo) emitiu um laudo em favor da extensão da internação do jovem acusado. Segundo o laudo, ele "apresenta periculosidade latente por ser influenciável e não tem condições de progredir para regime de liberdade, devendo ser submetido a tratamento".
Com Folha de S.Paulo
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