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19/07/2006 - 11h20

Júri de acusados de matar namorados recomeça na Grande SP

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da Folha Online
da Folha de S.Paulo

O julgamento de três dos acusados de envolvimento no seqüestro e morte do casal de namorados Liana Friedenbach e Felipe Silva Caffé foi retomado por volta das 10h15 desta quarta-feira em Embu-Guaçu (Grande São Paulo), onde o crime ocorreu.

A sessão recomeçou com a leitura das peças processuais e, depois, serão realizados os debates entre defesa e acusação. A expectativa é que a sentença seja conhecida ainda hoje.

Na terça (18), primeiro dia do júri, foram ouvidos os réus e as testemunhas do processo. O teor das declarações não foi divulgado, pois o processo corre sob segredo de Justiça.
Reprodução
O casal Felipe Silva Caffé e Liana Friedenbach, morto na Grande SP em novembro de 2003
O casal Felipe Silva Caffé e Liana Friedenbach, morto na Grande SP em novembro de 2003


Liana, então com 16 anos, e Felipe, com 19, desapareceram no dia 31 de outubro de 2003, depois de mentir para os pais e acampar em uma região isolada da cidade.

No dia seguinte, eles foram seqüestrados e mantidos em um sítio. Caffé foi morto dois dias depois, com um tiro na nuca. Liana foi violentada e morta a facadas cinco dias após o seqüestro. Os corpos do casal foram encontrados no dia 10 de novembro de 2003.

O júri ocorre na Câmara Municipal de Embu-Guaçu, que teve a rua isolada. Seis homens e uma mulher compõem o júri.

Julgamento

Os réus são Agnaldo Pires (acusado de estupro), Antônio Caetano da Silva (acusado de auxílio no seqüestro e no estupro) e Antônio Matias de Barros (acusado de seqüestro, porte de arma e favorecimento pessoal).

Um quarto acusado --Paulo César da Silva Marques, o Pernambuco--, acusado de atirar em Felipe, recorreu da sentença de pronúncia e ainda não tem data para ser julgado. Também é acusado um jovem, à época com 16 anos, que cumpre medida socioeducativa na Febem (Fundação Estadual do Bem-Estar do Menor).

O pai de Liana, Ari Friedenbach, foi uma das testemunhas ouvidas ontem. Ele pediu para não ver os acusados do crime.

Nesta quarta, a mãe de Felipe, Lenice Silva Caffé, disse que gostaria de encontrar com os réus, apesar de não saber qual seria sua reação.

Adolescente

O jovem acusado de matar Liana a facadas e estuprá-la deve ser solto nos próximos meses, quando acabam os três anos de internação na Febem, previstos na lei.

Há casos em que o Ministério Público pediu a prorrogação da internação, de acordo com o advogado Ariel de Castro Alves. Normalmente, são situações em que a soltura do adolescente acarreta risco para a sociedade ou para ele próprio --que poderia tornar-se alvo de ameaças.

Em 2004, antes do jovem completar 18 anos, o Imesc (Instituto de Medicina Social e Criminológica de São Paulo) emitiu um laudo em favor da extensão da internação do jovem acusado. Segundo o laudo, ele 'apresenta periculosidade latente por ser influenciável e não tem condições de progredir para regime de liberdade, devendo ser submetido a tratamento'.

Colaboraram TOMÁS CHIAVERINI, da Folha de S.Paulo e LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online

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