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21/07/2006
-
11h30
da Folha de S.Paulo
da Folha Online
De ao menos 40 pessoas detidas entre a tarde de quarta-feira (19) e esta quinta (20) por homens do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado), 21 foram presas, em São Paulo. Entre elas, a advogada Maria Cristina de Souza Rachado, defensora do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Rachado foi suspensa por 90 dias pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em 19 de junho. Ela é acusada de ter comprado de um funcionário da Câmara dos Deputados, por R$ 200, a gravação de uma audiência reservada de dois delegados da Polícia Civil de São Paulo a parlamentares da CPI do Tráfico de Armas. A advogada nega as acusações.
Segundo o delegado Rui Ferraz Fontes, a advogada cobrava seus honorários de um homem identificado apenas como Lucas Renato. Em interceptações telefônicas, foi flagrada cobrando R$ 5.000 dele por préstimos jurídicos a Marcola. Também cobrava R$ 1.500 para ir a Brasília acompanhar sessões da CPI.
Rachado foi presa em seu escritório, na Casa Verde (zona norte), acusada de formação de quadrilha. "Se imaginarmos que ela é advogada de uma empresa e essa empresa comete crimes, então ela é advogada do PCC, não só do Marcola. E como a facção cometeu crimes de quadrilha, homicídios e tráfico, ela também será arrolada nisso", disse o promotor Márcio Christino.
Investigação
A operação que levou 21 pessoas à prisão foi realizada com o apoio do setor de inteligência da Polícia Federal. As prisões são conseqüência de uma investigação que começou em abril, quando o Deic soube que criminosos do PCC mantinham uma base de operação financeira e de tráfico de drogas na zona oeste.
Segundo a polícia, somente em maio a facção arrecadou R$ 224 mil (vindos de todo o Estado) com o "bicho-papão", espécie de imposto que os traficantes pagam ao PCC.
Participações
Também foram presas pessoas que têm grande importância nas ações criminosas fora das prisões, segundo a polícia. Entre elas Marilene Simões, a Marlene, apontada como a tesoureira do PCC. Era ela quem, disse Fontes, fazia a contabilidade do dinheiro que o PCC arrecada no tráfico no Estado.
Segundo informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a "tesouraria" funcionava na rua Sinfonia Branca, na Lapa (zona oeste de São Paulo). Na casa foram encontradas nove armas, 20 kg de cocaína e R$ 35.000 em dinheiro. Osvaldo Cunha foi preso como responsável pela manutenção das armas.
Leandro Souza de Queiroz, o Leandrinho, foi preso acusado de ser o responsável por fiscalizar as ações financeiras de Marilene e arrecadar dinheiro. Apontado como "piloto" (espécie de gerente) para a região oeste da capital, Alex Claudino dos Santos também foi preso.
A polícia não permitiu que a reportagem tivesse acesso a nenhum dos 21 presos.
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da Folha Online
De ao menos 40 pessoas detidas entre a tarde de quarta-feira (19) e esta quinta (20) por homens do Deic (Departamento de Investigações Sobre o Crime Organizado), 21 foram presas, em São Paulo. Entre elas, a advogada Maria Cristina de Souza Rachado, defensora do líder do PCC (Primeiro Comando da Capital), Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Rachado foi suspensa por 90 dias pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em 19 de junho. Ela é acusada de ter comprado de um funcionário da Câmara dos Deputados, por R$ 200, a gravação de uma audiência reservada de dois delegados da Polícia Civil de São Paulo a parlamentares da CPI do Tráfico de Armas. A advogada nega as acusações.
Segundo o delegado Rui Ferraz Fontes, a advogada cobrava seus honorários de um homem identificado apenas como Lucas Renato. Em interceptações telefônicas, foi flagrada cobrando R$ 5.000 dele por préstimos jurídicos a Marcola. Também cobrava R$ 1.500 para ir a Brasília acompanhar sessões da CPI.
Rachado foi presa em seu escritório, na Casa Verde (zona norte), acusada de formação de quadrilha. "Se imaginarmos que ela é advogada de uma empresa e essa empresa comete crimes, então ela é advogada do PCC, não só do Marcola. E como a facção cometeu crimes de quadrilha, homicídios e tráfico, ela também será arrolada nisso", disse o promotor Márcio Christino.
Investigação
A operação que levou 21 pessoas à prisão foi realizada com o apoio do setor de inteligência da Polícia Federal. As prisões são conseqüência de uma investigação que começou em abril, quando o Deic soube que criminosos do PCC mantinham uma base de operação financeira e de tráfico de drogas na zona oeste.
Segundo a polícia, somente em maio a facção arrecadou R$ 224 mil (vindos de todo o Estado) com o "bicho-papão", espécie de imposto que os traficantes pagam ao PCC.
Participações
Também foram presas pessoas que têm grande importância nas ações criminosas fora das prisões, segundo a polícia. Entre elas Marilene Simões, a Marlene, apontada como a tesoureira do PCC. Era ela quem, disse Fontes, fazia a contabilidade do dinheiro que o PCC arrecada no tráfico no Estado.
Segundo informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, a "tesouraria" funcionava na rua Sinfonia Branca, na Lapa (zona oeste de São Paulo). Na casa foram encontradas nove armas, 20 kg de cocaína e R$ 35.000 em dinheiro. Osvaldo Cunha foi preso como responsável pela manutenção das armas.
Leandro Souza de Queiroz, o Leandrinho, foi preso acusado de ser o responsável por fiscalizar as ações financeiras de Marilene e arrecadar dinheiro. Apontado como "piloto" (espécie de gerente) para a região oeste da capital, Alex Claudino dos Santos também foi preso.
A polícia não permitiu que a reportagem tivesse acesso a nenhum dos 21 presos.
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