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13/08/2006
-
13h43
da Folha Online
Em nota divulgada à imprensa, a Rede Globo informou neste domingo que consultou o Insi (International News Safety Institute) e a AKE Group, uma empresa especializada em gestão de riscos e segurança, antes de exibir uma filmagem enviada pelos seqüestradores do repórter Guilherme de Azevedo Portanova, desaparecido desde sábado (12).
Um auxiliar técnico da emissora foi seqüestrado ao lado de Portanova e libertado ainda na noite de sábado, nas proximidades da sede da TV. De acordo com as reivindicações dos criminosos, ele entregou à cúpula da Globo o DVD com as imagens que foram ao ar. O técnico passa bem.
Leia a íntegra do comunicado enviado pela emissora:
"Enquanto a TV Globo aguarda com ansiedade a libertação do repórter Guilherme Portanova, seqüestrado ontem, divulga as seguintes informações:
Tão logo a TV Globo tomou conhecimento da exigência dos seqüestradores na noite de sábado, fez consultas ao International News Safety Institute (INSI), com sede em Bruxelas, ao qual a emissora é filiada desde que o instituto foi fundado.
Luiza Rangel, de Caracas, coordenadora do INSI para América Latina, atestou que em situações de extrema emergência como a que a TV Globo viveu, quando os prazos são exíguos e quando não se têm dúvidas sobre o descompromisso dos bandidos para com a vida humana, a postura correta é ceder às exigências, dando antes ciência à polícia sobre o conteúdo do que irá divulgar. Segundo ela, situações assim foram vividas recentemente na Índia e no Oriente Médio.
Orientada por Luiza Rangel, a emissora também entrou em contato com Tim Crocket, chefe do escritório de Atlanta do The AKE Group, uma empresa especializada em gestão de riscos e segurança, que presta serviços à INSI, e tem escritórios nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Paquistão e Iraque. Tim Crocket deu a mesma orientação que Luiza Rangel: nas condições em que nos encontrávamos, não havia alternativa. Ele recomendou que entrássemos em contato ainda com Tom O'Neil, consultor do escritório no Líbano, especializado neste tipo de ação. O'Neil repetiu as mesmas recomendações.
A idéia inicial da TV Globo era tomar uma decisão em conjunto com as entidades de classe do setor. Mas como tudo se deu na noite de sábado, foi impossível esperar até que o setor se pronunciasse.
Diante do que vem acontecendo em São Paulo nos últimos meses, não havia dúvida sobre até onde as ações dos bandidos podem chegar: basta dizer que os mortos já se contam às centenas. Inexistindo dúvida sobre o risco real que o repórter Guilherme Portanova sofre, e não havendo tempo para uma decisão em conjunto com seus pares, a TV Globo mostrou o conteúdo do DVD à polícia e decidiu exibir o vídeo no estado de São Paulo.
No mesmo instante, porém, decidiu também convocar as entidades do setor para que a situação seja discutida por todos e que os próximos passos sejam decididos em conjunto.
A TV Globo espera que o jornalista Guilherme Portanova seja libertado imediatamente e possa voltar a convivência de sua família e de seus colegas de trabalho. Agradece a solidariedade que vem recebendo de seus telespectadores e de seus pares e manifesta a confiança de que a nação brasileira saberá encontrar caminhos para pôr fim a esse quadro de insegurança pública.
Central Globo de Comunicação
São Paulo, 13 de agosto de 2006"
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Em nota divulgada à imprensa, a Rede Globo informou neste domingo que consultou o Insi (International News Safety Institute) e a AKE Group, uma empresa especializada em gestão de riscos e segurança, antes de exibir uma filmagem enviada pelos seqüestradores do repórter Guilherme de Azevedo Portanova, desaparecido desde sábado (12).
Um auxiliar técnico da emissora foi seqüestrado ao lado de Portanova e libertado ainda na noite de sábado, nas proximidades da sede da TV. De acordo com as reivindicações dos criminosos, ele entregou à cúpula da Globo o DVD com as imagens que foram ao ar. O técnico passa bem.
Leia a íntegra do comunicado enviado pela emissora:
"Enquanto a TV Globo aguarda com ansiedade a libertação do repórter Guilherme Portanova, seqüestrado ontem, divulga as seguintes informações:
Tão logo a TV Globo tomou conhecimento da exigência dos seqüestradores na noite de sábado, fez consultas ao International News Safety Institute (INSI), com sede em Bruxelas, ao qual a emissora é filiada desde que o instituto foi fundado.
Luiza Rangel, de Caracas, coordenadora do INSI para América Latina, atestou que em situações de extrema emergência como a que a TV Globo viveu, quando os prazos são exíguos e quando não se têm dúvidas sobre o descompromisso dos bandidos para com a vida humana, a postura correta é ceder às exigências, dando antes ciência à polícia sobre o conteúdo do que irá divulgar. Segundo ela, situações assim foram vividas recentemente na Índia e no Oriente Médio.
Orientada por Luiza Rangel, a emissora também entrou em contato com Tim Crocket, chefe do escritório de Atlanta do The AKE Group, uma empresa especializada em gestão de riscos e segurança, que presta serviços à INSI, e tem escritórios nos Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Paquistão e Iraque. Tim Crocket deu a mesma orientação que Luiza Rangel: nas condições em que nos encontrávamos, não havia alternativa. Ele recomendou que entrássemos em contato ainda com Tom O'Neil, consultor do escritório no Líbano, especializado neste tipo de ação. O'Neil repetiu as mesmas recomendações.
A idéia inicial da TV Globo era tomar uma decisão em conjunto com as entidades de classe do setor. Mas como tudo se deu na noite de sábado, foi impossível esperar até que o setor se pronunciasse.
Diante do que vem acontecendo em São Paulo nos últimos meses, não havia dúvida sobre até onde as ações dos bandidos podem chegar: basta dizer que os mortos já se contam às centenas. Inexistindo dúvida sobre o risco real que o repórter Guilherme Portanova sofre, e não havendo tempo para uma decisão em conjunto com seus pares, a TV Globo mostrou o conteúdo do DVD à polícia e decidiu exibir o vídeo no estado de São Paulo.
No mesmo instante, porém, decidiu também convocar as entidades do setor para que a situação seja discutida por todos e que os próximos passos sejam decididos em conjunto.
A TV Globo espera que o jornalista Guilherme Portanova seja libertado imediatamente e possa voltar a convivência de sua família e de seus colegas de trabalho. Agradece a solidariedade que vem recebendo de seus telespectadores e de seus pares e manifesta a confiança de que a nação brasileira saberá encontrar caminhos para pôr fim a esse quadro de insegurança pública.
Central Globo de Comunicação
São Paulo, 13 de agosto de 2006"
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