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15/08/2006
-
11h31
da Folha Online
O diretor de Comunicação do sindicato dos metroviários de São Paulo, Manuel Xavier Lemos Filho, diz a categoria está informada sobre o risco de ser multada em R$ 100 mil por ter parado totalmente a circulação de metrô na cidade, nesta terça-feira. Ele diz, porém, que a obrigação da instituição, que era comunicar os trabalhadores, foi cumprida.
Na segunda-feira (14), o TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo) decidiu reforçar os efeitos da liminar que obriga os metroviários a manterem a circulação de 100% da frota em horários de pico e de 80% nos demais horários, mesmo em caso de greve. O documento estabelece multa de R$ 100 mil, em caso de descumprimento.
"O sindicato informou a decisão à categoria, inclusive com a presença de um oficial de Justiça enviado pelo tribunal, mas a decisão é dos trabalhadores. E eles decidiram pela greve, por unanimidade. O sindicato entende que a liminar é um cerceamento do direito de liberdade dos trabalhadores, mas sabe também que decisão não se discute, se cumpre", disse.
Lemos Filho ressaltou que a paralisação dos metroviários, que afeta cerca de 2,8 milhões de pessoas, é um protesto contra a entrega da linha 4-amarela, ainda em construção, para a iniciativa privada. "Defendemos o patrimônio público e o direito dos usuários de ter um serviço público de qualidade."
Para o sindicato, na prática, a entrega da linha à iniciativa privada significa criar uma "subclasse de metroviários". "O governo não pode ameaçar demitir os trabalhadores e precarizar as condições de trabalho e sair impune."
Polêmica
A linha 4 do metrô vai ligar, na primeira etapa, a região da Luz (centro de São Paulo) à da Vila Sônia (zona oeste de São Paulo).
A intenção do Estado é repassar seu controle por 30 anos para a iniciativa privada. Ela está em obras, com previsão de conclusão até o início de 2009. O plano estadual é que a empresa vencedora da concorrência forneça os trens e outros complementos para a operação do sistema.
A companhia tem que assinar os contratos de concessão antes do fim do ano para a entrega da linha não atrasar, já que há um prazo de dois anos para a encomenda dos trens. O sindicato dos metroviários diz que a concessão é prejudicial à sociedade e que há irregularidades em mudanças no edital.
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Sindicato dos metroviários sabe sobre multa, mas nega responsabilidade
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O diretor de Comunicação do sindicato dos metroviários de São Paulo, Manuel Xavier Lemos Filho, diz a categoria está informada sobre o risco de ser multada em R$ 100 mil por ter parado totalmente a circulação de metrô na cidade, nesta terça-feira. Ele diz, porém, que a obrigação da instituição, que era comunicar os trabalhadores, foi cumprida.
Na segunda-feira (14), o TRT-SP (Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo) decidiu reforçar os efeitos da liminar que obriga os metroviários a manterem a circulação de 100% da frota em horários de pico e de 80% nos demais horários, mesmo em caso de greve. O documento estabelece multa de R$ 100 mil, em caso de descumprimento.
"O sindicato informou a decisão à categoria, inclusive com a presença de um oficial de Justiça enviado pelo tribunal, mas a decisão é dos trabalhadores. E eles decidiram pela greve, por unanimidade. O sindicato entende que a liminar é um cerceamento do direito de liberdade dos trabalhadores, mas sabe também que decisão não se discute, se cumpre", disse.
Lemos Filho ressaltou que a paralisação dos metroviários, que afeta cerca de 2,8 milhões de pessoas, é um protesto contra a entrega da linha 4-amarela, ainda em construção, para a iniciativa privada. "Defendemos o patrimônio público e o direito dos usuários de ter um serviço público de qualidade."
Para o sindicato, na prática, a entrega da linha à iniciativa privada significa criar uma "subclasse de metroviários". "O governo não pode ameaçar demitir os trabalhadores e precarizar as condições de trabalho e sair impune."
Polêmica
A linha 4 do metrô vai ligar, na primeira etapa, a região da Luz (centro de São Paulo) à da Vila Sônia (zona oeste de São Paulo).
A intenção do Estado é repassar seu controle por 30 anos para a iniciativa privada. Ela está em obras, com previsão de conclusão até o início de 2009. O plano estadual é que a empresa vencedora da concorrência forneça os trens e outros complementos para a operação do sistema.
A companhia tem que assinar os contratos de concessão antes do fim do ano para a entrega da linha não atrasar, já que há um prazo de dois anos para a encomenda dos trens. O sindicato dos metroviários diz que a concessão é prejudicial à sociedade e que há irregularidades em mudanças no edital.
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