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31/08/2006 - 14h08

Segurança mantém alerta por PCC; bomba explode em casa de advogada

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da Folha Online

Forças de segurança de São Paulo permanecem em alerta nesta quinta-feira, porque integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital) consideram o dia como aniversário da facção criminosa, criada em 1993. O comandante-geral da PM (Polícia Militar), coronel Elizeu Eclair Borges, disse ter cancelado por tempo indeterminado as folgas dos PMs do Estado.

No começo da madrugada, a casa de uma advogada foi alvo de uma bomba, em Araraquara (273 km a noroeste de São Paulo). O artefato foi deixado em um corredor externo do imóvel por um desconhecido. A explosão danificou a parede da casa, mas não feriu ninguém. O caso será investigado.

Entre a noite de terça-feira (29) e a madrugada de quarta (30), São Paulo registrou crimes que estariam ligados ao PCC. Não houve feridos.

Dois bancos localizados em bairros nobres de São Paulo sofreram incêndios criminosos; e uma base da PM (Polícia Militar) em São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) foi atacada a tiros. No mesmo horário, nove carros foram incendiados. Destes, quatro haviam sido roubados pouco antes.

Horas antes, naquele mesmo dia, 76 presos --entre eles integrantes do PCC-- foram transferidos do CRP (Centro de Ressocialização Penitenciária) de Presidente Bernardes, onde vigora o RDD (Regime Disciplinar Diferenciado) para uma penitenciária de Avaré, onde ficarão sob as mesmas regras.

Reforço

Nesta quinta, a PM triplicou o efetivo nas ruas. "Nessa data [do aniversário], nos últimos anos, o PCC costuma promover rebeliões e problemas nos presídios", disse o comandante-geral da corporação. Ele ressalta, porém, que as pessoas não devem mudar sua rotina. "Estamos apenas adotando medidas preventivas. Caldo de galinha não faz mal a ninguém."

Os agentes penitenciários que atuam no Estado também estão em alerta. De acordo com a SAP (Secretaria de Administração Penitenciária), nenhuma ocorrência havia sido registrada, até as 14h.

Os reforços começaram domingo (27), quando um bilhete com referências à Rede Globo foi encontrado na cela 133 da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau (620 km a oeste de São Paulo). No dia seguinte, panfletos que alertavam sobre novos ataques foram apreendidos com adolescentes, segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Marco Antônio Desgualdo.

Na quarta-feira (30), Borges e outras autoridades da área participaram de uma reunião de quatro horas na Secretaria Estadual da Segurança Pública, para definir as estratégias adotadas.

Uma delas é a convocação de 600 homens da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), grupo da PM que é considerado "tropa de elite" e tido, historicamente, como o mais violento.

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