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18/09/2006
-
11h22
da Folha Online
Policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) ouvem nesta segunda-feira os depoimentos de cinco pessoas, entre filhos e assessores do coronel da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, morto no dia 9.
O delegado Armando de Oliveira Costa Filho afirmou na quinta-feira (14) que a polícia paulista já tem elementos suficientes para pedir a prisão do suposto responsável pelo assassinato do coronel. Costa Filho disse também na semana passada que ganha força a tese de crime passional.
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).
A investigação corre sob segredo de Justiça, determinado pelo juiz Richard Chequini, do 1º Tribunal do Júri, na sexta-feira (15). No mesmo dia, Chequini determinou a quebra de sigilo telefônico do coronel, de sua namorada, Carla Cepollina, e de mais seis pessoas. O prazo para a conclusão do caso, também determinado pelo juiz, é de 60 dias.
A polícia deverá receber entre amanhã e quarta-feira as informações de 15 linhas de telefones fixos e celulares, com ligações compreendidas entre os dias 1 e 12 de setembro. A mãe e advogada de Carla Cepollina, Liliana Prinzivalli, também está na lista das pessoas que terão o sigilo telefônico quebrado.
Silêncio
A advogada, que no sábado (16) divulgou um extenso comunicado no qual se defende de eventuais suspeitas e se queixa da mídia, voltou a procurar a imprensa no domingo (17). Por meio de outra nota, Carla rebate declarações feitas pelos filhos do coronel --o engenheiro agrônomo Fabrício Guimarães, 28, o publicitário Diogo, 29, o psicólogo Rodrigo, 31.
Carla acusa os filhos de declararem "inverdades" e citarem "bordões que falam 'abóboras' nos jornais". "Quero crer que [isso ocorra] talvez na ânsia de achar um culpado", considera. Em entrevistas recentes, os três se referiram à advogada como uma pessoa "desequilibrada", "infeliz" e afirmaram que ela e o pai já não eram namorados há sete meses. Para eles, Carla é a principal suspeita do assassinato de Ubiratan.
Ligações
Segundo informou a polícia, na última segunda-feira (11), Cepollina confirmou uma discussão com o coronel depois de um telefonema recebido por Ubiratan no sábado.
Em depoimento à PF (Polícia Federal) de Belém (PA), a delegada Renata Madi disse ao delegado Uálame Machado ter tentado falar com Ubiratan por duas vezes no dia do crime, sem sucesso.
A PF informou que a delegada disse, em depoimento, ter sido atendida por Carla. No segundo telefonema, a namorada de Ubiratan teria relatado uma discussão do casal, segundo Renata.
O deputado federal Vicente Cascione (PTB-SP), advogado da família do coronel Ubiratan, afirmou na quarta-feira (13) que o coronel "mantinha um relacionamento" com a delegada da Polícia Federal. O pai de Renata, o empresário João Farid Madi, disse que a filha e o coronel eram amigos.
Na quinta-feira (14), a mãe e advogada de Cepollina negou que tenha ocorrido uma briga entre sua filha e Ubiratan, no dia 9. A polícia trabalha com a hipótese de que o coronel tenha sido vítima de crime passional.
A advogada Carla Cepollina foi a última pessoa a ser vista com o coronel reformado da PM. Cepollina foi ouvida pelo DHPP três vezes na semana passada. Na segunda-feira (11), ela deu um depoimento informal. Na terça-feira (12), falou durante 13 horas com os policiais. Na quarta-feira (13), chegou às 13h e depôs até 17h30.
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Policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) ouvem nesta segunda-feira os depoimentos de cinco pessoas, entre filhos e assessores do coronel da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, morto no dia 9.
O delegado Armando de Oliveira Costa Filho afirmou na quinta-feira (14) que a polícia paulista já tem elementos suficientes para pedir a prisão do suposto responsável pelo assassinato do coronel. Costa Filho disse também na semana passada que ganha força a tese de crime passional.
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).
A investigação corre sob segredo de Justiça, determinado pelo juiz Richard Chequini, do 1º Tribunal do Júri, na sexta-feira (15). No mesmo dia, Chequini determinou a quebra de sigilo telefônico do coronel, de sua namorada, Carla Cepollina, e de mais seis pessoas. O prazo para a conclusão do caso, também determinado pelo juiz, é de 60 dias.
A polícia deverá receber entre amanhã e quarta-feira as informações de 15 linhas de telefones fixos e celulares, com ligações compreendidas entre os dias 1 e 12 de setembro. A mãe e advogada de Carla Cepollina, Liliana Prinzivalli, também está na lista das pessoas que terão o sigilo telefônico quebrado.
Silêncio
A advogada, que no sábado (16) divulgou um extenso comunicado no qual se defende de eventuais suspeitas e se queixa da mídia, voltou a procurar a imprensa no domingo (17). Por meio de outra nota, Carla rebate declarações feitas pelos filhos do coronel --o engenheiro agrônomo Fabrício Guimarães, 28, o publicitário Diogo, 29, o psicólogo Rodrigo, 31.
Carla acusa os filhos de declararem "inverdades" e citarem "bordões que falam 'abóboras' nos jornais". "Quero crer que [isso ocorra] talvez na ânsia de achar um culpado", considera. Em entrevistas recentes, os três se referiram à advogada como uma pessoa "desequilibrada", "infeliz" e afirmaram que ela e o pai já não eram namorados há sete meses. Para eles, Carla é a principal suspeita do assassinato de Ubiratan.
Ligações
Segundo informou a polícia, na última segunda-feira (11), Cepollina confirmou uma discussão com o coronel depois de um telefonema recebido por Ubiratan no sábado.
Em depoimento à PF (Polícia Federal) de Belém (PA), a delegada Renata Madi disse ao delegado Uálame Machado ter tentado falar com Ubiratan por duas vezes no dia do crime, sem sucesso.
A PF informou que a delegada disse, em depoimento, ter sido atendida por Carla. No segundo telefonema, a namorada de Ubiratan teria relatado uma discussão do casal, segundo Renata.
O deputado federal Vicente Cascione (PTB-SP), advogado da família do coronel Ubiratan, afirmou na quarta-feira (13) que o coronel "mantinha um relacionamento" com a delegada da Polícia Federal. O pai de Renata, o empresário João Farid Madi, disse que a filha e o coronel eram amigos.
Na quinta-feira (14), a mãe e advogada de Cepollina negou que tenha ocorrido uma briga entre sua filha e Ubiratan, no dia 9. A polícia trabalha com a hipótese de que o coronel tenha sido vítima de crime passional.
A advogada Carla Cepollina foi a última pessoa a ser vista com o coronel reformado da PM. Cepollina foi ouvida pelo DHPP três vezes na semana passada. Na segunda-feira (11), ela deu um depoimento informal. Na terça-feira (12), falou durante 13 horas com os policiais. Na quarta-feira (13), chegou às 13h e depôs até 17h30.
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