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18/09/2006 - 17h45

Justiça recebe pedido de habeas corpus para namorada de Ubiratan

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da Folha Online

O Tribunal de Justiça de São Paulo recebeu nesta segunda-feira um pedido de habeas corpus preventivo para a advogada Carla Cepollina, 40, namorada do coronel da reserva da Polícia Militar e deputado estadual Ubirantan Guimarães, morto no dia 9.

O pedido teria sido feito pela mãe de Cepollina, a também advogada Liliana Prinzivalli, que alega coação ilegal, segundo o TJ. Não há previsão a avaliação do pedido, que deve ficar a cargo do desembargador José Orestes de Souza Nery, da 9ª Câmara Criminal.

Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).

A investigação corre sob segredo de Justiça, determinado pelo juiz Richard Chequini, do 1º Tribunal do Júri, na sexta-feira (15). No mesmo dia, Chequini determinou a quebra de sigilo telefônico do coronel, de sua namorada e de mais seis pessoas. O prazo para a conclusão do caso, também determinado pelo juiz, é de 60 dias.

A polícia deverá receber entre amanhã e quarta-feira as informações de 15 linhas de telefones fixos e celulares, com ligações compreendidas entre os dias 1 e 12 de setembro. A mãe e advogada de Carla Cepollina, Liliana Prinzivalli, também está na lista das pessoas que terão o sigilo telefônico quebrado.

Silêncio

A advogada, que no sábado (16) divulgou um extenso comunicado no qual se defende de eventuais suspeitas e se queixa da mídia, voltou a procurar a imprensa no domingo (17). Por meio de outra nota, Carla rebate declarações feitas pelos filhos do coronel --o engenheiro agrônomo Fabrício Guimarães, 28, o publicitário Diogo, 29, o psicólogo Rodrigo, 31.

Carla acusa os filhos de declararem "inverdades" e citarem "bordões que falam 'abóboras' nos jornais". "Quero crer que [isso ocorra] talvez na ânsia de achar um culpado", considera. Em entrevistas recentes, os três se referiram à advogada como uma pessoa "desequilibrada", "infeliz" e afirmaram que ela e o pai já não eram namorados há sete meses. Para eles, Carla é a principal suspeita do assassinato de Ubiratan.

Ligações

Segundo informou a polícia, na última segunda-feira (11), Cepollina confirmou uma discussão com o coronel depois de um telefonema recebido por Ubiratan no sábado.

Em depoimento à PF (Polícia Federal) de Belém (PA), a delegada Renata Madi disse ao delegado Uálame Machado ter tentado falar com Ubiratan por duas vezes no dia do crime, sem sucesso.

A PF informou que a delegada disse, em depoimento, ter sido atendida por Carla. No segundo telefonema, a namorada de Ubiratan teria relatado uma discussão do casal, segundo Renata.

O deputado federal Vicente Cascione (PTB-SP), advogado da família do coronel Ubiratan, afirmou na quarta-feira (13) que o coronel "mantinha um relacionamento" com a delegada da Polícia Federal. O pai de Renata, o empresário João Farid Madi, disse que a filha e o coronel eram amigos.

Na quinta-feira (14), a mãe e advogada de Cepollina negou que tenha ocorrido uma briga entre sua filha e Ubiratan, no dia 9. A polícia trabalha com a hipótese de que o coronel tenha sido vítima de crime passional.

A advogada Carla Cepollina foi a última pessoa a ser vista com o coronel reformado da PM. Cepollina foi ouvida pelo DHPP três vezes na semana passada. Na segunda-feira (11), ela deu um depoimento informal. Na terça-feira (12), falou durante 13 horas com os policiais. Na quarta-feira (13), chegou às 13h e depôs até 17h30.

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