Publicidade
Publicidade
19/09/2006
-
12h17
RENATO SANTIAGO
da Folha Online
A baixa concentração de nuvens sobre a cidade de São Paulo e a intensa emissão de poluentes por veículos nesta época do ano são os ingredientes necessários para a formação do ozônio, poluente que pode atacar o sistema respiratório, principalmente das crianças.
Na semana passada, a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) chegou a decretar Estado de atenção em São Paulo devido à concentração do poluente na cidade.
"O ozônio causa problemas principalmente nas vias respiratórias, onde pode destruir células porque reage com muita intensidade", afirma o médico patologista Paulo Saldiva, do laboratório experimental de poluição atmosférica da Faculdade de Medicina da USP.
Concentrações superiores a 100 microgramas por m² na atmosfera já podem causar aumento nos atendimentos hospitalares, por problemas respiratórios, principalmente de crianças. Segundo a médico, a cada dez microgramas a mais no ar, cresce cerca de 3% o número de atendimentos.
O poluente se forma na camada mais baixa da atmosfera depois de reações químicas entre gases liberados por veículos --principalmente óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos-- e o oxigênio. Os processos químicos ocorrem com a presença da luz solar, que chega com maior intensidade nesta época do ano, por causa da falta de nuvens. "São centenas de reações diferentes", diz o médico.
O ozônio pode causar problemas em todo o sistema respiratório, destruindo células que auxiliam nas defesas do organismo. "Os maiores problemas acontecem nos extremos do sistema respiratório, como o nariz e o pulmão", diz Saldiva.
Segundo o médico, alguns casos podem acabar até em pneumonia. "Se uma bactéria se aproveitar da fragilidade causada pelas células destruídas no pulmão, o paciente pode ter até pneumonia", explica o médico.
Áreas
Entre as 13 áreas da Grande São Paulo onde a Cetesb realiza a medição do ozônio, as que apresentam maior concentração do poluente são as que tem maior arborização, como o parque Ibirapuera e o Horto Florestal.
"Ao mesmo tempo que o ozônio é formado por substâncias liberadas pelos carros, ele também reage com elas. Por isso as regiões sem grandes vias têm maior concentração dele", afirma o meteorologista Ricardo Anazi.
Leia mais
Instituto prevê primavera com temperaturas acima da média histórica
Especial
Leia o que já foi publicado sobre ozônio
Poluição por ozônio aumenta problemas respiratórios
Publicidade
da Folha Online
A baixa concentração de nuvens sobre a cidade de São Paulo e a intensa emissão de poluentes por veículos nesta época do ano são os ingredientes necessários para a formação do ozônio, poluente que pode atacar o sistema respiratório, principalmente das crianças.
Na semana passada, a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) chegou a decretar Estado de atenção em São Paulo devido à concentração do poluente na cidade.
"O ozônio causa problemas principalmente nas vias respiratórias, onde pode destruir células porque reage com muita intensidade", afirma o médico patologista Paulo Saldiva, do laboratório experimental de poluição atmosférica da Faculdade de Medicina da USP.
Concentrações superiores a 100 microgramas por m² na atmosfera já podem causar aumento nos atendimentos hospitalares, por problemas respiratórios, principalmente de crianças. Segundo a médico, a cada dez microgramas a mais no ar, cresce cerca de 3% o número de atendimentos.
O poluente se forma na camada mais baixa da atmosfera depois de reações químicas entre gases liberados por veículos --principalmente óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos-- e o oxigênio. Os processos químicos ocorrem com a presença da luz solar, que chega com maior intensidade nesta época do ano, por causa da falta de nuvens. "São centenas de reações diferentes", diz o médico.
O ozônio pode causar problemas em todo o sistema respiratório, destruindo células que auxiliam nas defesas do organismo. "Os maiores problemas acontecem nos extremos do sistema respiratório, como o nariz e o pulmão", diz Saldiva.
Segundo o médico, alguns casos podem acabar até em pneumonia. "Se uma bactéria se aproveitar da fragilidade causada pelas células destruídas no pulmão, o paciente pode ter até pneumonia", explica o médico.
Áreas
Entre as 13 áreas da Grande São Paulo onde a Cetesb realiza a medição do ozônio, as que apresentam maior concentração do poluente são as que tem maior arborização, como o parque Ibirapuera e o Horto Florestal.
"Ao mesmo tempo que o ozônio é formado por substâncias liberadas pelos carros, ele também reage com elas. Por isso as regiões sem grandes vias têm maior concentração dele", afirma o meteorologista Ricardo Anazi.
Leia mais
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Sem PM nas ruas, poucos comércios e ônibus voltam a funcionar em Vitória
- Sem-teto pede almoço, faz elogios e dá conselhos a Doria no centro de SP
- Ato contra aumento de tarifas termina em quebradeira e confusão no Paraná
- Doria madruga em fila de ônibus para avaliar linha e ouve reclamações
- Vídeos de moradores mostram violência em ruas do ES; veja imagens
+ Comentadas
- Alessandra Orofino: Uma coluna para Bolsonaro
- Abstinência não é a única solução, diz enfermeira que enfrentou cracolândia
+ EnviadasÍndice