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21/09/2006 - 11h19

Polícia recebe laudos periciais do caso Ubiratan nesta quinta-feira

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do Agora
da Folha Online
da Folha de S.Paulo

Policiais do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa) receberão nesta quinta-feira os laudos periciais feitos pelo IC (Instituto de Criminalística), na tentativa de auxiliar a Polícia Civil a descobrir quem matou, no dia 9 deste mês, o coronel da reserva da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães.

Ubiratan foi morto com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo). Até o final do dia, os investigadores do caso devem receber os laudos que contêm informações sobre o projétil de calibre 38 e objetos recolhidos na cena do crime, fragmentos de impressões e sobre as roupas da advogada Carla Cepollina, 40, namorada do coronel e a última pessoa a ser vista com o deputado.

Desde ontem, o DHPP analisa as planilhas de ligações telefônicas feitas por oito pessoas que tiveram o sigilo telefônico quebrado pela Justiça na semana passada. As ligações feitas por Carla, a mãe dela, a advogada Liliana Prinzivalli e Ubiratan durante o fim de semana em que ele foi morto são as mais importantes.

Os investigadores querem saber se Carla fez algum contato mais longo com sua mãe entre 19h30 e 20h30 do dia 9, horário estimado para o assassinato de Ubiratan. Carla afirma ter deixado o prédio de Ubiratan por volta das 20h. Também existe a preocupação em saber se, a pedido da filha, Liliana fez ligações para pessoas da cúpula da Polícia Civil ou do Poder Judiciário, na mesma noite do assassinato.

Apontada como principal alvo da investigação sobre o assassinato de Ubiratan, Carla também foi colocada em suspeição por ter entregue à polícia, dois dias após o assassinato, roupas que não seriam as mesmas que usou no sábado.

Para descobrir se Carla entregou ou não à perícia as roupas usadas quando esteve com Ubiratan pela última vez, ontem a empregada que as lavou prestou depoimento no DHPP. Imagens das câmeras de segurança do prédio dela, feitas por volta das 21h05 do dia 9, apontam que Carla usava uma blusa preta por cima de outra clara.

Privilégios

O advogado Vicente Cascione, designado pela família de Ubiratan para acompanhar o caso da morte do coronel, disse nesta quarta-feira que Carla Cepollina tem recebido "tratamento privilegiado" por parte das autoridades e que o Ministério Público está "sonolento, apático e, de certa maneira, dopado" neste caso.

O promotor público Luis Fernando Vaggione afirmou que não quer polêmica. Nesta quarta-feira, a advogada Liliana Prinzivalli, mãe de Carla Cepollina, ficou no DHPP das 12h30 às 20h. Não há informações se ela depôs formalmente.

Carla foi ouvida pelo DHPP três vezes na semana passada. Na segunda-feira (11), deu um depoimento informal. Na terça-feira (12), falou durante 13 horas com os policiais. Na quarta-feira (13), chegou às 13h e depôs até 17h30, mas ficou no local até as 21h.

Na última segunda-feira, o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo negou um habeas corpus preventivo pedido no mesmo dia em favor de Carla. O pedido havia sido feito por sua mãe e advogada, que alegou coação ilegal. Em sua decisão, o desembargador José Orestes de Souza Nery, da 9ª Câmara Criminal, não há evidências de ilegalidade.

"Não se concede liminar em habeas corpus preventivo quando a coação sequer é vista como possibilidade, ficando vaga e imprecisamente relatada e que visa impedir atos regulares de jurisdição", diz a decisão.

Na terça (18), Carla disse à reportagem, por telefone, que, na sua avaliação, a Justiça entendeu não ter elementos para decretar sua prisão no caso da morte do coronel Ubiratan Guimarães, 63, ao negar-lhe um habeas corpus preventivo. Principal alvo da investigação da polícia, ela é testemunha no processo e disse não saber o motivo pelo qual os filhos do coronel negaram o relacionamento dela com o deputado.

Na mesma tarde, a advogada Liliana Prinzivalli apresentou um dossiê para comprovar que sua filha e cliente tinha um relacionamento estável com o coronel Ubiratan Guimarães.

De acordo com a advogada, os documentos foram reunidos e apresentados à imprensa para desmentir a declaração dos filhos do coronel Ubiratan. Eles disseram que Carla e o pai não namoravam mais havia sete meses. O advogado da família do coronel, Vicente Cascione, também disse na semana passada que Ubiratan mantinha um "pacto de amizade" com a advogada.

O dossiê de 68 páginas traz cópias de notas fiscais de 7 de março a 8 de setembro deste ano, com compras que, segundo Liliana Prinzivalli, demonstrariam a relação de sua filha e o coronel. Entre as notas, estão as de compras feitas em farmácias e em uma casa de material de construção.

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