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21/09/2006 - 20h57

Mãe de namorada de Ubiratan nega troca de blusa entregue à polícia

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da Folha Online

A advogada Liliana Prinzivalli, mãe da também advogada Carla Cepollina, namorada do coronel da PM e deputado estadual Ubiratan Guimarães, negou nesta quinta-feira que a filha tenha entregue à polícia roupas diferentes das que usava quando deixou o apartamento dele no dia do crime.

Comandante da operação que terminou com a morte de 111 presos durante rebelião na Casa de Detenção de São Paulo, em 1992, Ubiratan foi assassinado no último dia 9 com um tiro no abdômen, em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo).

Carla Cepollina foi a última pessoa a ser vista com o coronel. Apontada como principal alvo da investigação sobre a morte de Ubiratan, a advogada teve de entregar à polícia as roupas que usou no sábado. Segundo o advogado da família do coronel, Vicente Cascione, Carla teria dado uma roupa escura à polícia, enquanto imagens das câmeras de segurança do prédio dela apontam que Carla usava uma blusa preta por cima de outra clara.

"Não houve troca de roupa", disse Liliana Prinzivalli. A empregada que lavou as roupas de Carla Cepollina já prestou depoimento no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Ligações

A polícia já recebeu planilhas com números de telefones e horários de ligações feitas por oito pessoas que tiveram o sigilo telefônico quebrado, por determinação judicial. Como as investigações estão sob segredo de Justiça, os dados não foram divulgados.

Os investigadores querem saber se Carla fez algum contato mais longo com sua mãe entre 19h30 e 20h30 do dia 9, horário estimado para o assassinato de Ubiratan. Carla afirma ter deixado o prédio de Ubiratan por volta das 20h. Também existe a preocupação em saber se, a pedido da filha, Liliana fez ligações para pessoas da cúpula da Polícia Civil ou do Poder Judiciário, na mesma noite do assassinato.

Em entrevista coletiva, a mãe e advogada de Carla Cepollina, Liliana Prinzivalli, afirmou que falou com a filha três vezes por telefone na noite em que Ubiratan morreu. A primeira ligação teria sido feita por Carla para a mãe, da casa do coronel, para avisar onde estava. A segunda, teria sido feita por Liliana para a filha, 15 minutos depois, para pedir que Carla fosse para casa. A terceira e última ligação teria sido feita por Carla, do celular, para perguntar se a mãe "queria algo da rua".

A advogada disse não se lembrar do horário dos telefonemas e nem de outros telefonemas feitos na noite do sábado. Negou, porém, que tenha falado com qualquer pessoa da polícia no dia 9.

Prinzivalli afirmou que ligou para o delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Marco Antonio Desgualdo, no domingo à noite, assim que soube da morte de Ubiratan. "Achei que deveria acionar a polícia", disse a advogada. Desgualdo confirmou, por meio de assessoria, ter recebido a ligação de Liliana Prinzivalli no domingo à noite, para avisá-lo sobre a morte do coronel.

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