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26/09/2006 - 10h30

Polícia autua mãe de Carla Cepollina por posse irregular de arma

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da Folha Online

A advogada Liliana Prinzivalli, mãe de Carla Cepollina --namorada do deputado estadual e coronel Ubiratan Guimarães--, foi autuada por posse irregular de armas, informou nesta terça-feira o diretor do DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) de São Paulo, Domingos Paulo Neto.

A polícia paulista fez, na noite de segunda-feira (25), uma blitz no apartamento de Carla, suspeita de ter assassinado Ubiratan no último dia 9. Durante as buscas, os investigadores apreenderam três armas.
Diego Padgurschi/Folha Imagem
Armas apreendidas na casa de Liliana Prinzivalli, mãe da namorada de Ubiratan
Armas apreendidas na casa de Liliana Prinzivalli, mãe da namorada de Ubiratan


Segundo a polícia, uma carabina localizada no apartamento pertence a Liliana. Ela foi presa por posse irregular, pagou fiança de R$ 800 e foi liberada, de acordo com o diretor do DHPP.

As outras duas armas --um revólver calibre 38 e uma pistola-- seriam do pai de Liliana, Luigi Prinzivalli, que morreu em 2002.

"É absolutamente improvável que alguma dessas armas tenha sido usada no crime", disse o delegado Armando de Oliveira Costa Filho.

Interrogatório

Carla prestou ontem o quarto depoimento aos policiais do DHPP, desde o início das investigações sobre o caso. Ela, que sempre era tratada como testemunha pela polícia, foi ouvida na condição de suspeita, pela primeira vez.

O depoimento foi iniciado pela manhã e interrompido no fim da tarde. Como nas outras vezes, ela negou ter matado o namorado. Nesta terça, ela deve voltar a ser ouvida e poderá ser indiciada pela morte do coronel.

O interrogatório faz parte das primeiras formalidades para o indiciamento. "O indiciamento é mais que uma possibilidade é uma probalidade", afirmou o promotor que acompanha o caso, Luis Fernando Vaggione. Ela deve ser acusada de homicídio com dois qualificadores: motivo fútil (ciúme) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima (ele estava desarmado).

A busca no apartamento de Carla começou cerca de uma hora e meia após a polícia ter suspendido o depoimento. Além da arma usada no crime, os policiais também procuravam outros objetos que poderiam ligar Carla ao crime.

Crime

Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan morreu com um tiro no abdômen. O corpo foi encontrado na noite do dia 10, enrolado em uma toalha, no apartamento dele, nos jardins, zona oeste de São Paulo.

Uma das sete armas que o coronel mantinha em casa --um revólver calibre 38-- não foi encontrada no local do crime. Segundo a polícia, o coronel foi morto com uma bala do mesmo calibre, que poderia ser de uma munição especial, segundo o advogado da família de Ubiratan, Vicente Cascione.

Depoimento

Segundo informações da polícia, na primeira vez que foi ouvida Cepollina teria confirmado uma discussão com Ubiratan por causa de um telefonema recebido na noite de sábado, de uma delegada da Polícia Federal, amiga de Ubiratan. A mãe da namorada do coronel negou que tenha havido uma briga entre os dois.

Na semana passada, o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo negou um habeas corpus preventivo pedido em favor de Cepollina. O pedido havia sido feito pela mãe de Carla, alegando coação ilegal, de acordo com o tribunal. Em sua decisão, o desembargador José Orestes de Souza Nery, da 9ª Câmara Criminal, não há evidências de ilegalidade.

A investigação corre sob segredo de Justiça, determinado pelo juiz Richard Chequini, do 1º Tribunal do Júri, no dia 15. No mesmo dia, Chequini determinou a quebra de sigilo telefônico do coronel, de sua namorada e de mais seis pessoas.

Com TATIANA FÁVARO, da Folha Online e LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online e Folha de S.Paulo

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