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29/09/2006 - 15h46

Polícia quer prisão de universitário que confessou morte da mãe

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da Folha Online

A Polícia Civil de São Paulo deve pedir nesta sexta-feira à Justiça a prisão preventiva do estudante de direito Adriano Saddi Lima Oliveira, 23, que confessou ter pago R$ 40 mil a dois homens para matarem sua mãe, segundo policiais do Denarc (Departamento de Investigações sobre Narcóticos) de São Paulo.

O crime ocorreu em junho último, e o rapaz foi detido nesta quinta-feira (28). A polícia, porém, não pode prendê-lo devido à legislação eleitoral --que determina que nenhum eleitor pode ser preso na semana das eleições, a não ser no caso de prisões em flagrante ou cumprimento de sentença condenatória por crime inafiançável.

Até as 15h20 desta sexta, Oliveira e outros dois suspeitos de envolvimento no crime permaneciam em uma sala do Denarc, acompanhados por advogados. "Mas vamos ter que soltá-los ainda hoje", disse o delegado Cosmo Stikovics, divisionário da Dise (Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Entorpecentes). Durante a manhã e a tarde foram feitas diligências do caso, conforme o delegado.

"Eles poderão fugir se quiserem. Não temos como vigiá-los", afirmou. Apesar do pedido, a prisão não pode ocorrer antes de terça-feira. Neste ano, a determinação prevista pela lei eleitoral começou a valer na terça (26) e dura até 3 de outubro --48 horas após a conclusão das eleições.

Crime

A empresária Marisa Saddi, 46, foi morta a tiros em Vargem Grande Paulista (Grande SP) em 27 de junho. Ela era proprietária de vários imóveis em São Paulo, muitos deles alugados para revendedoras de veículos, e morava num condomínio fechado de alto padrão na região de Carapicuíba.

Adriano foi preso na região central de São Paulo juntamente com o motorista da família, Cristiano Borges Ferreira, 24, que teria intermediado o contato de Adriano com os matadores.

O delegado Stikovics disse que chegou aos suspeitos a partir de informações de traficantes de drogas presos na região de Cotia (Grande SP). As informações levaram ao motorista Ferreira, que, segundo o delegado, não tinha envolvimento com o tráfico, mas mantinha contato com assassinos.

Após ser preso, Adriano contou à polícia que administrava os imóveis da mãe e, em troca, pagava à empresária uma mesada que variava de R$ 15 mil até R$ 60 mil.

Adriano sentia-se incomodado com os altos valores da mesada e acreditava que Marisa, divorciada, estivesse repassando o dinheiro para um namorado. O universitário, então, resolveu matar a mãe antes que ela "dilapidasse o patrimônio da família", afirma o delegado.

O universitário pediu ajuda ao motorista, que contatou dois matadores profissionais por R$ 40 mil. Na noite do crime, Ferreira foi até o condomínio dos patrões deixar uma picape Ranger, com os dois assassinos escondidos na carroceria.

Depois que o motorista foi embora, a dupla invadiu a casa e capturou Marisa. Em seguida, os criminosos levaram a empresária para um matagal em Vargem Grande, onde ela foi morta. Na hora do crime, Adriano assistia a um jogo de futebol em São Paulo.

O universitário foi indiciados por homicídio doloso (com intenção) duplamente qualificado --por motivo torpe e uso de meio que impossibilitou a defesa da vítima. A polícia procura um quarto suspeito de envolvimento no crime.

A reportagem não conseguiu, por telefone, localizar os advogados dos acusados.

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