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01/10/2006 - 21h21

Parentes de vítimas reclamam de falta de informações sobre acidente

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da Folha Online

Os familiares das vítimas do avião da Gol que caiu em Mato Grosso reclamam da falta de informações sobre o acidente e, neste domingo, fizeram um protesto em frente à sala da Infraero no aeroporto de Brasília.

O vôo 1907, que havia saído de Manaus e seguia para Brasília, caiu em uma área de mata fechada na última sexta-feira, após uma colisão envolvendo um jato Legacy, fabricado pela Embraer. Mesmo com a asa danificada, a aeronave --com sete ocupantes-- conseguiu pousar na base aérea de Cachimbo. O Boeing transportava 154 pessoas, e segundo a Aeronáutica, as chances de encontrar sobreviventes são "remotíssimas".

Um grupo de familiares de vítimas foi recebido pela diretora da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), Denise Abreu.

Neusa Machado, mulher do passageiro Valdomiro Machado, considerou que o governo falhou no trato com os parentes e na demora do trabalho de resgate na região da serra do Cachimbo. "Se existia algum sobrevivente, o bicho já comeu. Selva está cheia de bicho."
Divulgação/FAB
Imagem mostra destroços de avião da Gol que caiu em área de mata fechada em MT
Imagem mostra destroços de avião da Gol que caiu em área de mata fechada em MT


Na reunião, a diretora da Anac informou que a agência irá prestar informações a partir de amanhã às famílias que hospedadas em um hotel de Brasília. Os boletins serão divulgados às 12h e às 18h.

Abreu disse acreditar que os parentes ficaram satisfeitos com a decisão de divulgar os boletins, embora tivessem afirmado que isso deveria ter sido feito antes. Ela disse, ainda, que explicou a eles que, devido à altura que o avião caiu, "seja difícil encontrar um corpo inteiro".

A diretora da Anac afirmou que apenas pessoas serão encontradas com vida apenas por "um milagre".

Parentes

A partir de agora, uma comissão de cinco pessoas vai representar as famílias de envolvidos com o acidente. Segundo Célia Maria de Sanctis, que preferiu omitir quem ligado a ela estava no avião, o grupo quer autorização para se deslocar ao local onde estão sendo feitas as buscas. Ela omitiu o nome porque disse que não está lutando para saber notícias do seu parente apenas, mas de todos os passageiros que estavam no vôo.

"Nós sabemos que a Gol não pode nos dar as informações que queremos. A empresa tem feito tudo o que pode, mas não tem os dados que precisamos. Os órgãos competentes é que têm que nos repassar informações. É uma responsabilidade governamental", justificou.

Sanctis disse que, até agora, os familiares ainda buscam respostas para perguntas básicas como quem está no comando das buscas e se todos os esforços estão concentrados nas buscas aos passageiros.

Todos os familiares estão recebendo da Gol atendimento psicológico e médico, além de hospedagem em dois hotéis de Brasília, onde estão sendo concentradas as informações repassadas à eles pela companhia.

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