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05/10/2006
-
17h56
da Folha Online
A Justiça deve decidir se a investigação sobre o acidente com o Boeing da Gol deve ser conduzida pela Polícia Civil ou pela PF (Polícia Federal) em Mato Grosso. O avião caiu no último dia 29, em uma área de mata fechada no Estado, e causou a morte dos 154 ocupantes.
Em reunião realizada nesta quinta-feira, representantes das polícias e dos ministérios públicos Estadual e Federal apontaram que há indícios de crime, segundo informações do governo do Estado. Caso isso seja comprovado, as investigações devem ser conduzidas pela PF.
"Ainda é prematuro dizer que existe um crime e quem é o responsável. O que temos de concreto é que existe um fato --o acidente-- e a certeza de que as duas aeronaves estavam na mesma altitude. Outra certeza é de que as duas estavam equipadas com sistema de anticolisão e é preciso saber por que o equipamento não funcionou. A resposta virá com a conclusão das investigações", disse o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso, Célio Wilson de Oliveira.
Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil logo após o acidente e outro, pela Polícia Federal na quarta-feira (4). Até que a decisão da Justiça seja conhecida, as duas polícias investigarão o caso.
O diretor da Polícia Judiciária Civil, Romel Luiz dos Santos, disse não ver nenhum impedimento para que as duas polícias realizem as investigações, enquanto a Justiça não decide a competência. "Esse trabalho ocorrerá com a maior tranqüilidade e transparência."
Corpos
Entre a tarde de terça (3) e a noite de quarta, 18 corpos chegaram ao IML (Instituto Médico Legal) de Brasília. Cinco deles foram identificados hoje: Atila Rezende, Elcio Anchieta, Francisco Chagas Loiola, José Trindade e Luiz Albano Custódio. Impressões digitais e informações fornecidas pelos parentes auxiliam os trabalhos.
Mais 20 corpos devem ser levados ainda nesta quinta-feira para Brasília. Em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) afirma que "duas aeronaves C-130 Hercules foram enviadas para o Campo de Provas Brigadeiro Velloso para prestar apoio logístico e realizar o traslado de despojos".
O Boeing 737/800 da Gol realizava o vôo 1907, entre Manaus e o Rio, com escala em Brasília. A aeronave caiu depois de colidir com um Legacy, que ia de São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo) para os Estados Unidos, com escala em Manaus. O jato sofreu danos na asa, mas conseguiu pousar na base aérea de Cachimbo.
Identificação
Para saber quem são as vítimas, caso elas não sejam identificadas pelos confrontos de impressões digitais, o IML realizará uma análise antropológica de cada uma. Esse confronto será feito com base em informações biométricas e físicas passadas pelos parentes dos 154 mortos.
A última opção na tentativa de identificar as pessoas será fazer exame de DNA que, em média, demora até cinco dias.
Com Folha de S.Paulo
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Polícia vê indício de crime em acidente; Justiça analisa competência em investigação
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A Justiça deve decidir se a investigação sobre o acidente com o Boeing da Gol deve ser conduzida pela Polícia Civil ou pela PF (Polícia Federal) em Mato Grosso. O avião caiu no último dia 29, em uma área de mata fechada no Estado, e causou a morte dos 154 ocupantes.
Em reunião realizada nesta quinta-feira, representantes das polícias e dos ministérios públicos Estadual e Federal apontaram que há indícios de crime, segundo informações do governo do Estado. Caso isso seja comprovado, as investigações devem ser conduzidas pela PF.
"Ainda é prematuro dizer que existe um crime e quem é o responsável. O que temos de concreto é que existe um fato --o acidente-- e a certeza de que as duas aeronaves estavam na mesma altitude. Outra certeza é de que as duas estavam equipadas com sistema de anticolisão e é preciso saber por que o equipamento não funcionou. A resposta virá com a conclusão das investigações", disse o secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso, Célio Wilson de Oliveira.
Eraldo Peres/AP |
Militares resgatam corpos em área onde caiu o Boeing da Gol, em MT, e preparam traslado |
Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil logo após o acidente e outro, pela Polícia Federal na quarta-feira (4). Até que a decisão da Justiça seja conhecida, as duas polícias investigarão o caso.
O diretor da Polícia Judiciária Civil, Romel Luiz dos Santos, disse não ver nenhum impedimento para que as duas polícias realizem as investigações, enquanto a Justiça não decide a competência. "Esse trabalho ocorrerá com a maior tranqüilidade e transparência."
Corpos
Entre a tarde de terça (3) e a noite de quarta, 18 corpos chegaram ao IML (Instituto Médico Legal) de Brasília. Cinco deles foram identificados hoje: Atila Rezende, Elcio Anchieta, Francisco Chagas Loiola, José Trindade e Luiz Albano Custódio. Impressões digitais e informações fornecidas pelos parentes auxiliam os trabalhos.
Mais 20 corpos devem ser levados ainda nesta quinta-feira para Brasília. Em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) afirma que "duas aeronaves C-130 Hercules foram enviadas para o Campo de Provas Brigadeiro Velloso para prestar apoio logístico e realizar o traslado de despojos".
O Boeing 737/800 da Gol realizava o vôo 1907, entre Manaus e o Rio, com escala em Brasília. A aeronave caiu depois de colidir com um Legacy, que ia de São José dos Campos (91 km a nordeste de São Paulo) para os Estados Unidos, com escala em Manaus. O jato sofreu danos na asa, mas conseguiu pousar na base aérea de Cachimbo.
Identificação
Para saber quem são as vítimas, caso elas não sejam identificadas pelos confrontos de impressões digitais, o IML realizará uma análise antropológica de cada uma. Esse confronto será feito com base em informações biométricas e físicas passadas pelos parentes dos 154 mortos.
A última opção na tentativa de identificar as pessoas será fazer exame de DNA que, em média, demora até cinco dias.
Com Folha de S.Paulo
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