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20/10/2006
-
14h21
da Folha Online
O jato Legacy que se envolveu no acidente com o Boeing da Gol funcionava normalmente e passou por sete testes --sendo três vôos de aceitação-- antes de ser entregue à empresa de táxi aéreo americana ExcelAire. A afirmação é de Sérgio Mauro Costa, diretor do Departamento de Ensaios da Embraer --fabricante do jato.
O Legacy teria colidido com o Boeing, provocando a queda do avião da Gol, no dia 29 do mês passado. Foi o maior acidente aéreo do país, que resultou na morte dos 154 ocupantes do Boeing.
Costa foi ouvido pelo delegado da PF (Polícia Federal) Renato Sayão, de Cuiabá, que está em Brasília para colher informações sobre o acidente. O depoimento durou aproximadamente uma hora e meia. O delegado queria informações sobre a revisão dos equipamentos do Legacy e a elaboração do plano de vôo da aeronave.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, o representante da Embraer afirmou que não houve qualquer falha durante os testes, e equipamentos como o transponder, TCAS --o sistema anticolisão-- e o sistema de radiocomunicação funcionaram normalmente.
A PF disse que a Embraer ainda não apresentou documentação que comprove a realização dos testes com o Legacy, o que deve ocorrer nos próximos dias.
Plano de vôo
Costa afirmou que o plano de vôo do Legacy foi elaborado por uma empresa contratada pela Embraer. Foi passado eletronicamente para a torre de controle em São José dos Campos, de onde o avião decolou, e para a própria Embraer, que o entregou aos pilotos.
Para elaborar o plano de vôo, a empresa usa um programa de computador que analisa as condições climáticas, as características da aeronave e as normas aplicáveis à navegação aérea, de acordo com a Agência Brasil.
Colisão
Na quinta-feira (19), o ministro da Defesa, Waldir Pires, sugeriu que a colisão pode ter danificado a asa direita e parte da cauda da aeronave que fazia o vôo 1907. "Provavelmente o choque tenha sido na cauda, pela natureza da queda. O Boeing perdeu a estabilidade e desceu numa espiral e velocidade absoluta", disse.
O transponder do Legacy não funcionava no momento do choque, confirmaram as análises das caixas-pretas. O equipamento envia os dados relativos ao avião para outras aeronaves e para o centro de controle de tráfego aéreo, podendo evitar acidentes. "Ainda não conseguimos saber se o equipamento do jato foi desligado, se houve uma pane, se havia algum defeito ou alguma desconexão", disse o ministro.
Como parte das investigações conduzidas pela PF, o delegado Sayão já esteve no Cindacta (Centro Integrado de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo) onde assistiu à reconstituição das telas dos radares de Manaus, Brasília e São José dos Campos no dia do acidente, teve acesso a transcrição do contato da torre de Brasília com o Legacy e conheceu os equipamentos do controle de tráfego aéreo. Sayão não pôde, no entanto, levar os documentos para análise. Para que tenha cópia dos papeis é preciso autorização do Ministério da Defesa.
Com Agência Brasil
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O jato Legacy que se envolveu no acidente com o Boeing da Gol funcionava normalmente e passou por sete testes --sendo três vôos de aceitação-- antes de ser entregue à empresa de táxi aéreo americana ExcelAire. A afirmação é de Sérgio Mauro Costa, diretor do Departamento de Ensaios da Embraer --fabricante do jato.
O Legacy teria colidido com o Boeing, provocando a queda do avião da Gol, no dia 29 do mês passado. Foi o maior acidente aéreo do país, que resultou na morte dos 154 ocupantes do Boeing.
Costa foi ouvido pelo delegado da PF (Polícia Federal) Renato Sayão, de Cuiabá, que está em Brasília para colher informações sobre o acidente. O depoimento durou aproximadamente uma hora e meia. O delegado queria informações sobre a revisão dos equipamentos do Legacy e a elaboração do plano de vôo da aeronave.
Segundo a assessoria de imprensa da PF, o representante da Embraer afirmou que não houve qualquer falha durante os testes, e equipamentos como o transponder, TCAS --o sistema anticolisão-- e o sistema de radiocomunicação funcionaram normalmente.
A PF disse que a Embraer ainda não apresentou documentação que comprove a realização dos testes com o Legacy, o que deve ocorrer nos próximos dias.
Plano de vôo
Costa afirmou que o plano de vôo do Legacy foi elaborado por uma empresa contratada pela Embraer. Foi passado eletronicamente para a torre de controle em São José dos Campos, de onde o avião decolou, e para a própria Embraer, que o entregou aos pilotos.
Para elaborar o plano de vôo, a empresa usa um programa de computador que analisa as condições climáticas, as características da aeronave e as normas aplicáveis à navegação aérea, de acordo com a Agência Brasil.
Colisão
Na quinta-feira (19), o ministro da Defesa, Waldir Pires, sugeriu que a colisão pode ter danificado a asa direita e parte da cauda da aeronave que fazia o vôo 1907. "Provavelmente o choque tenha sido na cauda, pela natureza da queda. O Boeing perdeu a estabilidade e desceu numa espiral e velocidade absoluta", disse.
O transponder do Legacy não funcionava no momento do choque, confirmaram as análises das caixas-pretas. O equipamento envia os dados relativos ao avião para outras aeronaves e para o centro de controle de tráfego aéreo, podendo evitar acidentes. "Ainda não conseguimos saber se o equipamento do jato foi desligado, se houve uma pane, se havia algum defeito ou alguma desconexão", disse o ministro.
Como parte das investigações conduzidas pela PF, o delegado Sayão já esteve no Cindacta (Centro Integrado de Defesa e Controle de Tráfego Aéreo) onde assistiu à reconstituição das telas dos radares de Manaus, Brasília e São José dos Campos no dia do acidente, teve acesso a transcrição do contato da torre de Brasília com o Legacy e conheceu os equipamentos do controle de tráfego aéreo. Sayão não pôde, no entanto, levar os documentos para análise. Para que tenha cópia dos papeis é preciso autorização do Ministério da Defesa.
Com Agência Brasil
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