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24/10/2006 - 20h30

Ministro defende sigilo e investigação "responsável" em caso de acidente aéreo

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PATRÍCIA ZIMMERMANN
ANDREZA MATAIS
da Folha Online, em Brasília

O ministro da Defesa, Waldir Pires, defendeu nesta terça-feira a não-divulgação do conteúdo das caixas-pretas do Boeing da Gol que caiu em Mato Grosso no mês passado e do jato Legacy, também envolvido no acidente. Os 154 ocupantes do avião da Gol morreram.

O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) negou à PF (Polícia Federal) o acesso aos dados. Para justificar a decisão, o ministro citou a Convenção de Chicago, que rege a aviação internacional. Ele afirma que o objetivo da medida é evitar que as informações sejam usadas em processos para punir envolvidos em acidentes aéreos. Com as investigações, o Cenipa pretende aprimorar a segurança no setor e evitar a ocorrência de novos acidentes.

O delegado da PF Renato Sayão pediu à Justiça Federal que determine à Aeronáutica o envio dos dados.

"É uma coisa lógica que essas investigações sigam um ritmo muito responsável", disse Pires. Para ele, as informações só podem ser liberadas "na medida em que não perturbem a integridade da investigação".

Investigação

Nesta terça-feira, Sayão recebeu as transcrições dos contatos das torres de controle de Brasília, de Manaus e de São José dos Campos, com conversas de todas as aeronaves que voavam no momento do acidente, como parte das investigações da PF sobre o acidente.

Recebeu também fotos das telas de radares e os nomes de 17 pessoas --entre controladores de tráfego aéreo e supervisores-- que trabalharam no dia do acidente --dez deles são de Brasília, quatro de Manaus e três de São José dos Campos. Todos serão intimados a depor --data e local não foram confirmados.

Caixa de voz

Militares que trabalham na área de Mato Grosso onde caiu o Boeing da Gol, no dia 29 do mês passado, encontraram nesta terça a caixa de gravação de voz do avião, considerada peça importante nas investigações do acidente.

Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), o equipamento foi encontrado com ajuda de detectores de metal utilizados pelos militares do Batalhão-Escola de Engenharia do Exército e estava a cerca de 20 centímetros da superfície.

O Ministério da Defesa informou, em nota, que o equipamento não apresenta danos aparentes e será levado, no próximo sábado, para a Organização Internacional de Aviação Civil, com sede no Canadá, como foi feito com a outra caixa-preta do Boeing e as do jato Legacy. A expectativa é que a caixa seja aberta na segunda-feira (30).

Colaborou LÍVIA MARRA, editora de Cotidiano da Folha Online

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