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30/10/2006 - 14h13

Controladores alegam doença e faltam a depoimento; PF quer atestados

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da Folha Online

Os controladores de tráfego aéreo que começariam a ser ouvidos pela PF (Polícia Federal) nesta segunda-feira sobre o acidente com o Boeing da Gol alegaram problemas de saúde e faltaram à audiência. O delegado da PF Renato Sayão pediu que eles apresentem atestados médicos.

O avião caiu em uma área de mata fechada em Mato Grosso, há um mês. Logo depois, oito controladores foram afastados. No total, dez controladores e supervisores seriam ouvidos em local reservado, para evitar vazamento de informação.

A Folha Online tenta entrar em contato com os defensores dos controladores desde a ocasião em que eles foram afastados de suas funções, mas nunca obteve resposta.

O avião da Gol caiu com 154 pessoas a bordo depois de colidir com um jato Legacy. O Boeing havia saído de Manaus e faria uma escala em Brasília antes de seguir para o Rio. Todos os ocupantes do Boeing morreram. O Legacy, da empresa norte-americana ExcelAire, conseguiu pousar na base aérea da serra do Cachimbo, apesar de danos na asa. Nenhum dos sete ocupantes --seis deles americanos-- ficou ferido.

O acidente --o maior da história do país-- é investigado por uma comissão de autoridades brasileiras e estrangeiras do setor; pela Polícia Civil de Mato Grosso e pela PF. Os dois últimos órgãos deverão pedir a prorrogação do prazo para conclusão dos inquéritos.

A caixa de gravação de voz do Boeing, localizada no último dia 24, será analisada no Canadá, para onde também foram enviadas as caixas-pretas do avião da Gol e do Legacy. O delegado da PF reivindica acesso ao conteúdo das gravações, negado pela Aeronáutica. O delegado recorreu à Justiça Federal, segundo a qual a competência para analisar o caso é do STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Nesta segunda, familiares de Marcelo Paixão, única das vítimas cujos restos mortais ainda não foram localizados, chegaram à fazenda Jarinã, onde estão concentrados os militares que trabalham nas buscas. Eles pretendem acompanhar os trabalhos de busca.

Outros parentes

Os parentes de todas as pessoas mortas no acidente cobram respostas. Em nota enviada na sexta-feira (27) e assinada por nove integrantes da Comissão de Familiares dos Passageiros do Vôo 1907, eles apresentam um balanço do período e afirmam que se preparam para oficializar uma associação, criada para representar as famílias interessadas.

Os parentes acusam as autoridades de "descaso", especialmente nas primeiras horas após o acidente. "Só quem vivenciou as primeiras horas de desespero nos aeroportos e nos seus lares, onde recebiam informações desencontradas, e que choravam e gritavam para serem ouvidas, vão se lembrar destes momentos para o resto de suas vidas."

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