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31/10/2006
-
09h26
ALENCAR IZIDORO
da Folha de S.Paulo
Às vésperas de um feriado prolongado que intensifica a temporada de viagens ao litoral de São Paulo, um levantamento mostra que os melhores horários para escapar dos congestionamentos são, muitas vezes, os piores em risco à segurança viária --algo que deve ser levado em conta pelos motoristas na hora de pegar a estrada.
O risco de morte é quase três vezes maior nos acidentes noturnos. Os casos de maior gravidade estão concentrados também nos períodos da madrugada, quando a fluidez costuma melhorar, mas, por outro lado, os carros aumentam a velocidade, e os condutores ficam mais sujeitos a sono/cansaço.
No intervalo das 20h às 4h, houve uma morte a cada 25 acidentes registrados entre janeiro e agosto deste ano nas rodovias paulistas concedidas à iniciativa privada, segundo pesquisa da Artesp, a agência estadual que regula as concessões.
Enquanto isso, durante a manhã (das 8h às 12h), aconteceu uma morte a cada 93 acidentes, e, à tarde (das 12h às 16h), uma a cada 85.
Outros indicadores apontaram para conclusão parecida. O intervalo das 8h às 16h concentra quase metade do fluxo veicular e só 14% das mortes. Entre as 20h e as 4h, as vítimas são 44% do total --apesar de esse horário receber só 15% de todos os veículos do dia na média das principais estradas, como Anhangüera, Bandeirantes, Imigrantes, Anchieta, Raposo Tavares e Castello Branco.
Segundo Sebastião Ricardo, diretor da Artesp, a maior quantidade de acidentes costuma ocorrer do final da tarde para a noite --das 16h às 20h-- por influência do aumento do fluxo (geralmente, 25% do total do dia), mas os riscos se agravam perto da madrugada devido a uma combinação de fatores.
Com a estrada vazia, os motoristas tendem a elevar a velocidade --e a gravidade das ocorrências. É à noite também que há mais consumo de álcool. Sem falar no fato de a visibilidade ser menor (está escuro) e no sono, já apontado por estudos como uma das principais causas de acidentes em rodovias. "O cara não pode querer acordar cedo e sair do trabalho à noite para pegar a estrada. Tem que dormir, descansar antes."
O Instituto do Sono, ligado à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), lembra que, de madrugada, a temperatura do corpo cai, e os motoristas ficam mais sujeitos à perda de reflexo e da coordenação motora.
No feriado prolongado de Finados, 1,3 milhão de veículos devem sair da capital paulista em direção às estradas. Os períodos de pico estão previstos para amanhã, das 17h às 20h, e na quinta-feira, das 9h às 12h.
Na volta, a movimentação deve ser intensa das 15h às 22h de domingo, segundo as concessionárias. Para fugir dos congestionamentos sem dirigir sob os riscos da madrugada ou do final da noite, Sebastião Ricardo, da Artesp, avalia valer a pena muitas vezes atrasar ou adiantar a viagem.
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Às vésperas de um feriado prolongado que intensifica a temporada de viagens ao litoral de São Paulo, um levantamento mostra que os melhores horários para escapar dos congestionamentos são, muitas vezes, os piores em risco à segurança viária --algo que deve ser levado em conta pelos motoristas na hora de pegar a estrada.
O risco de morte é quase três vezes maior nos acidentes noturnos. Os casos de maior gravidade estão concentrados também nos períodos da madrugada, quando a fluidez costuma melhorar, mas, por outro lado, os carros aumentam a velocidade, e os condutores ficam mais sujeitos a sono/cansaço.
No intervalo das 20h às 4h, houve uma morte a cada 25 acidentes registrados entre janeiro e agosto deste ano nas rodovias paulistas concedidas à iniciativa privada, segundo pesquisa da Artesp, a agência estadual que regula as concessões.
Enquanto isso, durante a manhã (das 8h às 12h), aconteceu uma morte a cada 93 acidentes, e, à tarde (das 12h às 16h), uma a cada 85.
Outros indicadores apontaram para conclusão parecida. O intervalo das 8h às 16h concentra quase metade do fluxo veicular e só 14% das mortes. Entre as 20h e as 4h, as vítimas são 44% do total --apesar de esse horário receber só 15% de todos os veículos do dia na média das principais estradas, como Anhangüera, Bandeirantes, Imigrantes, Anchieta, Raposo Tavares e Castello Branco.
Segundo Sebastião Ricardo, diretor da Artesp, a maior quantidade de acidentes costuma ocorrer do final da tarde para a noite --das 16h às 20h-- por influência do aumento do fluxo (geralmente, 25% do total do dia), mas os riscos se agravam perto da madrugada devido a uma combinação de fatores.
Com a estrada vazia, os motoristas tendem a elevar a velocidade --e a gravidade das ocorrências. É à noite também que há mais consumo de álcool. Sem falar no fato de a visibilidade ser menor (está escuro) e no sono, já apontado por estudos como uma das principais causas de acidentes em rodovias. "O cara não pode querer acordar cedo e sair do trabalho à noite para pegar a estrada. Tem que dormir, descansar antes."
O Instituto do Sono, ligado à Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), lembra que, de madrugada, a temperatura do corpo cai, e os motoristas ficam mais sujeitos à perda de reflexo e da coordenação motora.
No feriado prolongado de Finados, 1,3 milhão de veículos devem sair da capital paulista em direção às estradas. Os períodos de pico estão previstos para amanhã, das 17h às 20h, e na quinta-feira, das 9h às 12h.
Na volta, a movimentação deve ser intensa das 15h às 22h de domingo, segundo as concessionárias. Para fugir dos congestionamentos sem dirigir sob os riscos da madrugada ou do final da noite, Sebastião Ricardo, da Artesp, avalia valer a pena muitas vezes atrasar ou adiantar a viagem.
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