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31/10/2006
-
11h16
da Folha Online
A queda do Fokker-100 da TAM, que matou 99 pessoas, completa dez anos nesta terça-feira. Entre as vítimas estavam passageiros, tripulantes e moradores do Jabaquara (zona sul de São Paulo), onde o avião caiu. Ao menos 89 famílias das vítimas foram indenizadas.
Segundo a Abrapavaa (Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos), as famílias optaram por não realizar um ato em homenagem às vítimas do acidente.
"Foi muito difícil voltar ao equilíbrio. As famílias querem virar a página", disse a presidente da associação, Sandra Assali, 50. Alguns dos parentes das vítimas devem realizar homenagens isoladas, de acordo com a associação.
O avião caiu após a decolagem do aeroporto de Congonhas, às 8h26 do dia 31 de outubro de 1996. O destino era o Rio de Janeiro, onde pousaria às 9h10.
Acidente e indenizações
O Fokker sofreu uma pane num equipamento chamado "reverso". A peça é usada como uma espécie de "freio" auxiliar e jamais poderia ser aberta na decolagem.
O defeito causou a desestabilização da aeronave. Os pilotos não puderam evitar a queda já que, revelou a caixa-preta, eles acreditavam que o problema era uma pane na turbina direita. A rádio Jovem Pan teve acesso à caixa-preta do avião, e a gravação mostrou o desespero dos pilotos.
De acordo com a presidente da associação, as famílias das vítimas brasileiras começaram a receber as indenizações a partir do sexto ano da queda do avião.
"No Brasil, demorou cinco anos para começarem a falar em valores. Quem aceitou o acordo, começou a receber no sexto ano após o acidente", disse Assali.
Os valores indenizados às famílias das vítimas brasileiras foram de cerca de R$ 600 mil. Já os parentes dos estrangeiros mortos no acidente receberam entre US$ 500 mil e US$ 1,5 milhão.
As famílias estrangeiras começaram a ser indenizadas depois de um ano e meio do desastre. "As indenizações de fora do Brasil foram maiores porque vieram de quatro empresas: a TAM, a Fokker, as fabricantes das peça que deram o defeito Northrop Grumman e Teleflex", disse a presidente da Abrapavaa.
De acordo com Assali, as famílias brasileiras foram indenizadas somente pela TAM.
Vôo 1907
A presidente da Abrapavaa informou que a associação presta auxílio a cerca de 80% das famílias das 154 vítimas do vôo 1907 da Gol, que caiu no último dia 29 de setembro em uma área de mata fechada em Mato Grosso.
"Na época nós fomos cobaias, erramos e acertamos. Hoje não erramos mais. Quem perde alguém em um acidente aéreo fica muito abalado mas tem de tomar muitas decisões", explicou Assali sobre o trabalho da Abrapavaa com as famílias das vítimas do vôo 1907.
O Boeing da Gol caiu depois de colidir com um jato Legacy, fabricado pela Embraer. O avião da Gol havia saído de Manaus e faria uma escala em Brasília antes de seguir para o Rio.
Famílias de mortos em pelo menos 30 acidentes aéreos são auxiliadas voluntariamente pela Abrapavaa. Outros familiares formaram a Comissão de Familiares dos Passageiros do Vôo 1907 e pretendem oficializar uma associação para representar os parentes dos mortos.
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Queda de Fokker da TAM completa dez anos; 99 pessoas morreram
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A queda do Fokker-100 da TAM, que matou 99 pessoas, completa dez anos nesta terça-feira. Entre as vítimas estavam passageiros, tripulantes e moradores do Jabaquara (zona sul de São Paulo), onde o avião caiu. Ao menos 89 famílias das vítimas foram indenizadas.
Segundo a Abrapavaa (Associação Brasileira de Parentes e Amigos de Vítimas de Acidentes Aéreos), as famílias optaram por não realizar um ato em homenagem às vítimas do acidente.
"Foi muito difícil voltar ao equilíbrio. As famílias querem virar a página", disse a presidente da associação, Sandra Assali, 50. Alguns dos parentes das vítimas devem realizar homenagens isoladas, de acordo com a associação.
O avião caiu após a decolagem do aeroporto de Congonhas, às 8h26 do dia 31 de outubro de 1996. O destino era o Rio de Janeiro, onde pousaria às 9h10.
Acidente e indenizações
O Fokker sofreu uma pane num equipamento chamado "reverso". A peça é usada como uma espécie de "freio" auxiliar e jamais poderia ser aberta na decolagem.
O defeito causou a desestabilização da aeronave. Os pilotos não puderam evitar a queda já que, revelou a caixa-preta, eles acreditavam que o problema era uma pane na turbina direita. A rádio Jovem Pan teve acesso à caixa-preta do avião, e a gravação mostrou o desespero dos pilotos.
De acordo com a presidente da associação, as famílias das vítimas brasileiras começaram a receber as indenizações a partir do sexto ano da queda do avião.
"No Brasil, demorou cinco anos para começarem a falar em valores. Quem aceitou o acordo, começou a receber no sexto ano após o acidente", disse Assali.
Os valores indenizados às famílias das vítimas brasileiras foram de cerca de R$ 600 mil. Já os parentes dos estrangeiros mortos no acidente receberam entre US$ 500 mil e US$ 1,5 milhão.
As famílias estrangeiras começaram a ser indenizadas depois de um ano e meio do desastre. "As indenizações de fora do Brasil foram maiores porque vieram de quatro empresas: a TAM, a Fokker, as fabricantes das peça que deram o defeito Northrop Grumman e Teleflex", disse a presidente da Abrapavaa.
De acordo com Assali, as famílias brasileiras foram indenizadas somente pela TAM.
Vôo 1907
A presidente da Abrapavaa informou que a associação presta auxílio a cerca de 80% das famílias das 154 vítimas do vôo 1907 da Gol, que caiu no último dia 29 de setembro em uma área de mata fechada em Mato Grosso.
"Na época nós fomos cobaias, erramos e acertamos. Hoje não erramos mais. Quem perde alguém em um acidente aéreo fica muito abalado mas tem de tomar muitas decisões", explicou Assali sobre o trabalho da Abrapavaa com as famílias das vítimas do vôo 1907.
O Boeing da Gol caiu depois de colidir com um jato Legacy, fabricado pela Embraer. O avião da Gol havia saído de Manaus e faria uma escala em Brasília antes de seguir para o Rio.
Famílias de mortos em pelo menos 30 acidentes aéreos são auxiliadas voluntariamente pela Abrapavaa. Outros familiares formaram a Comissão de Familiares dos Passageiros do Vôo 1907 e pretendem oficializar uma associação para representar os parentes dos mortos.
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