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05/11/2006 - 09h40

Empresas aéreas querem indenização de R$ 40 mi

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da Folha de S.Paulo no Rio de Janeiro e em Brasília

O vice-presidente do Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias), José Anchieta, disse ontem que as companhias aéreas pedirão indenização de ao menos R$ 40 milhões à União por causa da operação-padrão dos controladores de vôo. Alega que acumula prejuízo há 12 dias.

Caso não consiga um acordo com Agência Nacional de Aviação Civil na reunião prevista para terça-feira, o sindicato, que reúne 18 empresas do setor, ameaça recorrer à Justiça.

"Cada avião está operando duas horas e meia acima da média, o que totaliza R$ 2,5 milhões diários. Fora isto, as empresas estão tendo, por dia, gastos de cerca de R$ 200 mil para alimentar e transportar os passageiros, além de um prejuízo de R$ 500 mil com desistência dos clientes, que pagaram a passagem e querem o dinheiro de volta", disse, ressaltando que são cálculos preliminares.

Na reunião com a Anac, o Snea vai pedir que a indenização seja revertida em abatimento das taxas aeroportuárias para as empresas do setor. Por meio da sua assessoria, a Anac disse que "é um direito delas" tentar obter uma compensação pelo prejuízo.

O ministro da Defesa, Waldir Pires diz que não foi informado e preferiu não se manifestar sobre a nova ameaça. Conforme a Folha apurou, o governo reagiu com indignação à pressão, agora, das companhias e lembra, a título de contra-ameaça, que elas são concessões públicas.

A ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Rio de Janeiro) calcula que o cancelamento de 4.000 diárias desde o início da operação-padrão dos controladores do vôo já acarretou um prejuízo de R$ 800 mil por dia aos hotéis de todo o Estado.

"Além dos cancelamentos, não conseguiremos jamais contabilizar as desistências, porque muita gente deixou de viajar para evitar passar por este vexame nos aeroportos", afirmou o vice-presidente da entidade, Ângelo Vivacqua.

Eraldo Cruz, presidente da Abih (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), diz que o setor se reúne na próxima quarta para fazer um balanço dos prejuízos e, dependendo do montante, avaliar se é o caso de ingressar com ações na Justiça.

Apesar de a operação-padrão continuar, o governo tem uma boa expectativa em relação à volta do feriadão de Finados. Porém, não há garantias de que hoje a situação esteja normalizada.

Caso os passageiros decidam entrar na Justiça contra as empresas aéreas em razão dos atrasos, o vice-presidente do Snea disse que a entidade vai tentar incluir a União nos processos. "A co-responsabilidade é da União", afirmou Anchieta.

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