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05/11/2006
-
19h40
da Folha Online
O reforço no controle de tráfego aéreo brasileiro implantado pela Aeronáutica neste domingo, final do feriado prolongado de Finados, conseguia manter os vôos no horário, até as 19h30. O setor viveu uma grande crise na semana passada devido à operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo. Na quinta-feira (2), o sistema chegou a entrar em colapso.
Controladores ouvidos pela Folha Online no sábado (4) confirmaram a expectativa de que o caos se repetisse neste domingo. Eles atribuem a calmaria à força-tarefa convocada ao trabalho na quinta-feira. No total, a Aeronáutica convocou cerca de 150 controladores para atuarem no Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Brasília (DF), além de militares da reserva.
No começo da noite deste domingo, o movimento era normal no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo). No internacional de São Paulo, em Guarulhos (Grande São Paulo), o maior do Brasil, houve atrasos de aproximadamente uma hora à tarde, mas o número era considerado normal inclusive pelas maiores companhias aéreas.
No Rio, pela manhã, somente o aeroporto Tom Jobim registrou atrasos --dez aviões atrasaram ao menos 50 minutos-- e um cancelamento.
O caos no tráfego aéreo nacional começou sexta-feira passada (27), quando os controladores decidiram restabelecer padrões internacionais de segurança à força, motivados pela pressão feita sobre a categoria desde o acidente com o Boeing da Gol que matou 154 pessoas. Na chamada operação-padrão, eles elevaram a distância entre os aviões e reduziram para 14 o número de aeronaves vigiadas por cada um.
O resultado foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. Na madrugada do feriado de Finados, o sistema entrou em colapso. Milhares de passageiros sofreram com esperas de até 20 horas e os prejuízos chegaram à rede hoteleira. Em resposta, a Aeronáutica elaborou a força-tarefa e convocou controladores extraordinariamente. O chamado causou irritação.
O governo está dividido quanto à posição que deve adotar diante dos manifestantes. Enquanto o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, acusa o ministro da Defesa, Waldir Pires, de "incentivar a anarquia" e abrir um "grave precedente" ao negociar com os controladores, Pires mantinha o diálogo em moldes sindicais.
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O reforço no controle de tráfego aéreo brasileiro implantado pela Aeronáutica neste domingo, final do feriado prolongado de Finados, conseguia manter os vôos no horário, até as 19h30. O setor viveu uma grande crise na semana passada devido à operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo. Na quinta-feira (2), o sistema chegou a entrar em colapso.
Controladores ouvidos pela Folha Online no sábado (4) confirmaram a expectativa de que o caos se repetisse neste domingo. Eles atribuem a calmaria à força-tarefa convocada ao trabalho na quinta-feira. No total, a Aeronáutica convocou cerca de 150 controladores para atuarem no Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Brasília (DF), além de militares da reserva.
No começo da noite deste domingo, o movimento era normal no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo). No internacional de São Paulo, em Guarulhos (Grande São Paulo), o maior do Brasil, houve atrasos de aproximadamente uma hora à tarde, mas o número era considerado normal inclusive pelas maiores companhias aéreas.
No Rio, pela manhã, somente o aeroporto Tom Jobim registrou atrasos --dez aviões atrasaram ao menos 50 minutos-- e um cancelamento.
O caos no tráfego aéreo nacional começou sexta-feira passada (27), quando os controladores decidiram restabelecer padrões internacionais de segurança à força, motivados pela pressão feita sobre a categoria desde o acidente com o Boeing da Gol que matou 154 pessoas. Na chamada operação-padrão, eles elevaram a distância entre os aviões e reduziram para 14 o número de aeronaves vigiadas por cada um.
O resultado foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. Na madrugada do feriado de Finados, o sistema entrou em colapso. Milhares de passageiros sofreram com esperas de até 20 horas e os prejuízos chegaram à rede hoteleira. Em resposta, a Aeronáutica elaborou a força-tarefa e convocou controladores extraordinariamente. O chamado causou irritação.
O governo está dividido quanto à posição que deve adotar diante dos manifestantes. Enquanto o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, acusa o ministro da Defesa, Waldir Pires, de "incentivar a anarquia" e abrir um "grave precedente" ao negociar com os controladores, Pires mantinha o diálogo em moldes sindicais.
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