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06/11/2006 - 11h52

Em dez dias, operação-padrão afetou 43% das decolagens no país

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da Folha Online

A operação-padrão dos controladores de tráfego aéreo causou atrasos em 43% das decolagens no país, entre os dias 26 de outubro e 4 de novembro, segundo balanço divulgado nesta segunda-feira pela Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária).

Das 14.700 decolagens, 5.145 registraram atrasos significativos. De acordo com o balanço da Infraero, 8% dos vôos foram cancelados no período, o que corresponde a 1.176 decolagens.

Os problemas no tráfego aéreo começaram quando os controladores decidiram restabelecer padrões internacionais de segurança à força, motivados pela pressão feita sobre a categoria desde o acidente com o Boeing da Gol que matou 154 pessoas.

Na última quinta-feira (2), feriado de Finados, o tráfego aéreo entrou em colapso e tumultos foram registrados nos aeroportos. Os terminais ficaram lotados e os atrasos ultrapassaram 20 horas.

Para pôr fim aos atrasos generalizados e cancelamentos de vôos, a Aeronáutica chamou reforços e convocou uma força-tarefa. Além disso, já havia anunciado outras medidas, como a proibição da decolagem de pequenos aviões nos horários de pico e o desvio de rotas de aeronaves que sobrevoavam o Distrito Federal.

O esquema preparado pela Aeronáutica para a volta do feriado funcionou e a situação nos aeroportos do país foi tranqüila. De acordo com a Infraero, os atrasos no domingo foram considerados "aceitáveis".

Nesta segunda, o movimento também está normal nos principais aeroportos do país. Para a Infraero, os atrasos são considerados "rotineiros", de até 15 minutos.

Caos

Controladores ouvidos pela Folha Online no sábado (4) confirmaram a expectativa de que o caos se repetisse neste domingo, devido ao grande movimento da volta do feriado. Eles atribuem a calmaria à força-tarefa convocada pela Aeronáutica. Foram convocados controladores e militares da reserva para atuar no Cindacta 1 (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo), em Brasília (DF).

Na chamada operação-padrão, os controladores elevaram a distância entre os aviões e reduziram para 14 o número de aeronaves vigiadas por cada um. O resultado foi uma seqüência de atrasos e cancelamentos de vôos. Em resposta, a Aeronáutica elaborou a força-tarefa. O chamado causou irritação.

O governo está dividido quanto à posição que deve adotar diante dos manifestantes. Enquanto o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, acusa o ministro da Defesa, Waldir Pires, de "incentivar a anarquia" e abrir um "grave precedente" ao negociar com os controladores, Pires mantinha o diálogo em moldes sindicais.

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