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10/11/2006
-
10h45
da Folha Online
da Folha de S.Paulo
Um homem mantém reféns os passageiros de um ônibus da viação Tinguá, na rodovia Dutra, região da Baixada Fluminense, na manhã desta sexta-feira. Segundo a polícia, o crime tem motivação passional. No final de outubro, um seqüestro passional terminou com duas mortes na zona leste de São Paulo.
O comerciante Gilberto Gomes de Lima, 43, manteve reféns a mulher Gilvanete da Silva de Lima, 37, e a suposta amante, Andreia Pereira Santana, 31, por mais de 30 horas. Apesar da negociação com a polícia, Lima matou Andreia, que estava grávida, e se matou em seguida. Gilvanete não foi ferida.
Andreia era casada havia 12 anos com o marceneiro Edson Pereira Dutra, 34, tinha dois filhos e estava grávida de dois meses, supostamente de Lima. Para a família do comerciante, esse teria sido o motivo do crime.
Lima tinha dois filhos, de 21 e 19 anos, com Gilvanete. O romance entre Lima e Andreia era de conhecimento de Gilvanete e da família havia pelo menos quatro meses.
Na tarde de 26 de outubro, Andreia foi até a loja de Lima, e o objetivo seria contar para a mulher dele que estava grávida. Segundo vizinhos, eles começaram a discutir, e Lima baixou a porta da loja onde vendia móveis. Gilvanete foi até o local após telefonar para lá e ser atendida por Andreia.
Por volta das 23h30, alertado por uma irmã de Andreia de que a mulher poderia estar na loja de Lima, o marido da moça foi ao local com três amigos. Ele tentou abrir a porta, mas Lima fez quatro disparos. Acionada pelo marido de Andreia, a polícia chegou por volta da meia-noite e também foi recebida a tiros. Depois disso, começaram o cerco e as negociações.
Durante as cerca de 30 horas em que permaneceu cercado pela polícia no cômodo sem janelas e com uma única porta, o comerciante conversou pelo telefone com a mãe e com alguns dos dez irmãos várias vezes, mas ninguém conseguiu convencê-lo a se entregar. "Nós não tínhamos esperança nenhuma, porque ele já tinha dito [por telefone] que só sairia de lá morto", disse Nizete Gomes de Lima, irmã do comerciante.
Tiros
O comerciante chegou a dizer que se entregaria e libertaria as mulheres. Depois, porém, foram ouvidos dois tiros. A polícia arrombou a porta de aço, mas teve dificuldade para entrar porque o marceneiro tinha montado uma barricada com móveis.
Os policiais encontraram Lima deitado em uma cama e Andreia caída no chão. O revólver, próximo ao corpo dele, tinha ainda quatro balas no tambor.
As irmãs de Lima disseram que ele era uma pessoa "calma e tranqüila", mas que já esperavam pela tragédia, pois o irmão jamais se entregaria à polícia com receio de ser preso. Segundo a Secretaria da Segurança, Lima não tinha ficha criminal.
No final da tarde, o marido de Andreia prestou depoimento no 54º DP e disse que só na quinta-feira, após o sumiço da mulher, ficou sabendo do relacionamento que ela mantinha com o comerciante. Disse ainda que não sabia da gravidez.
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da Folha de S.Paulo
Um homem mantém reféns os passageiros de um ônibus da viação Tinguá, na rodovia Dutra, região da Baixada Fluminense, na manhã desta sexta-feira. Segundo a polícia, o crime tem motivação passional. No final de outubro, um seqüestro passional terminou com duas mortes na zona leste de São Paulo.
O comerciante Gilberto Gomes de Lima, 43, manteve reféns a mulher Gilvanete da Silva de Lima, 37, e a suposta amante, Andreia Pereira Santana, 31, por mais de 30 horas. Apesar da negociação com a polícia, Lima matou Andreia, que estava grávida, e se matou em seguida. Gilvanete não foi ferida.
Andreia era casada havia 12 anos com o marceneiro Edson Pereira Dutra, 34, tinha dois filhos e estava grávida de dois meses, supostamente de Lima. Para a família do comerciante, esse teria sido o motivo do crime.
Lima tinha dois filhos, de 21 e 19 anos, com Gilvanete. O romance entre Lima e Andreia era de conhecimento de Gilvanete e da família havia pelo menos quatro meses.
Na tarde de 26 de outubro, Andreia foi até a loja de Lima, e o objetivo seria contar para a mulher dele que estava grávida. Segundo vizinhos, eles começaram a discutir, e Lima baixou a porta da loja onde vendia móveis. Gilvanete foi até o local após telefonar para lá e ser atendida por Andreia.
Por volta das 23h30, alertado por uma irmã de Andreia de que a mulher poderia estar na loja de Lima, o marido da moça foi ao local com três amigos. Ele tentou abrir a porta, mas Lima fez quatro disparos. Acionada pelo marido de Andreia, a polícia chegou por volta da meia-noite e também foi recebida a tiros. Depois disso, começaram o cerco e as negociações.
Durante as cerca de 30 horas em que permaneceu cercado pela polícia no cômodo sem janelas e com uma única porta, o comerciante conversou pelo telefone com a mãe e com alguns dos dez irmãos várias vezes, mas ninguém conseguiu convencê-lo a se entregar. "Nós não tínhamos esperança nenhuma, porque ele já tinha dito [por telefone] que só sairia de lá morto", disse Nizete Gomes de Lima, irmã do comerciante.
Tiros
O comerciante chegou a dizer que se entregaria e libertaria as mulheres. Depois, porém, foram ouvidos dois tiros. A polícia arrombou a porta de aço, mas teve dificuldade para entrar porque o marceneiro tinha montado uma barricada com móveis.
Os policiais encontraram Lima deitado em uma cama e Andreia caída no chão. O revólver, próximo ao corpo dele, tinha ainda quatro balas no tambor.
As irmãs de Lima disseram que ele era uma pessoa "calma e tranqüila", mas que já esperavam pela tragédia, pois o irmão jamais se entregaria à polícia com receio de ser preso. Segundo a Secretaria da Segurança, Lima não tinha ficha criminal.
No final da tarde, o marido de Andreia prestou depoimento no 54º DP e disse que só na quinta-feira, após o sumiço da mulher, ficou sabendo do relacionamento que ela mantinha com o comerciante. Disse ainda que não sabia da gravidez.
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